A empresa BET Capital, uma das principais fontes formais de recursos do bicheiro Carlinhos Cachoeira, recebeu em um período de seis meses, entre 2003 e 2004, depósitos que totalizam R$ 5,32 milhões da empresa BET Co, sediada na Coreia do Norte. O dado consta de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, que chegou à CPMI do Cachoeira. Como a Coreia do Norte não exerce controle pormenorizado da origem de recusos, torna-se praticamente impossível saber a origem real do montante.
O bicheiro figura como procurador e sócio minoritário da empresa e declarou ter retirado da companhia R$ 10,1 milhões a título de empréstimos ao longo de cinco anos. O Coaf, no entanto, constatou a existência de movimentações financeiras incompatíveis. De acordo com o relatório, os empréstimos “não são nem de perto suportados pela contabilidade da empresa, sendo claro que, no caso do empréstimo a Carlinhos Cachoeira, não passam por banco nacional, se de fato existirem”.
Os dados do relatório foram cruzados pelo PSDB, e o líder do partido no Senado, Álvaro Dias, pretende levar a questão à CPMI do Cachoeira. Um dos pontos que saltou aos olhos do senador foi a revelação do Coaf de que em abril de 2002 duas pessoas foram à uma agência do Unibanco, em Uberlândia (MG), tentar depositar R$ 200 mil em espécie.
Questionados sobre a origem de recursos, os dois informaram se tratar de transação de um imóvel, mas se negaram a fornecer seus dados pessoais. Como funcionários do banco disseram que aquele montante só poderia ser depositado com identificação pessoal, os dois se retiraram da agência e voltaram horas depois com um grupo de dez pessoas para fazer pequenos depósitos não identificados.
"Trata-se de uma empresa que movimentou valores significativos cuja origem não está estabelecida. Pode ser tanto de contravenção quanto de corrupção em obras públicas. A movimentação em espécie configura a origem espúria dos recursos e exige investigação do Ministério Público e da Polícia Federa", defendeu o senador.
O bicheiro figura como procurador e sócio minoritário da empresa e declarou ter retirado da companhia R$ 10,1 milhões a título de empréstimos ao longo de cinco anos. O Coaf, no entanto, constatou a existência de movimentações financeiras incompatíveis. De acordo com o relatório, os empréstimos “não são nem de perto suportados pela contabilidade da empresa, sendo claro que, no caso do empréstimo a Carlinhos Cachoeira, não passam por banco nacional, se de fato existirem”.
Os dados do relatório foram cruzados pelo PSDB, e o líder do partido no Senado, Álvaro Dias, pretende levar a questão à CPMI do Cachoeira. Um dos pontos que saltou aos olhos do senador foi a revelação do Coaf de que em abril de 2002 duas pessoas foram à uma agência do Unibanco, em Uberlândia (MG), tentar depositar R$ 200 mil em espécie.
Questionados sobre a origem de recursos, os dois informaram se tratar de transação de um imóvel, mas se negaram a fornecer seus dados pessoais. Como funcionários do banco disseram que aquele montante só poderia ser depositado com identificação pessoal, os dois se retiraram da agência e voltaram horas depois com um grupo de dez pessoas para fazer pequenos depósitos não identificados.
"Trata-se de uma empresa que movimentou valores significativos cuja origem não está estabelecida. Pode ser tanto de contravenção quanto de corrupção em obras públicas. A movimentação em espécie configura a origem espúria dos recursos e exige investigação do Ministério Público e da Polícia Federa", defendeu o senador.
Agência O Globo - Diários Associados
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