Após 16 anos, as circunstâncias da morte de Paulo César (PC) Farias, tesoureiro da campanha eleitoral do ex-presidente Fernando Collor de Mello, permanece sem resolução. O tesoureiro e sua namorada, Suzana Marcolino, foram mortos com com tiro no peito no dia 23 de junho de 1996, na praia de Guaxuma, em Maceió (AL). Na época do crime, PC Farias estava em liberdade condicional e era réu em diversos processos por crimes financeiros, sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. Sua morte é apontada como queima de arquivo, já que ele poderia revelar a participação de outras pessoas envolvidas no esquema para custear a campanha eleitoral de Collor em audiências que estavam marcadas. A primeira versão para a morte de PC apontava para assassinato seguido de suicídio e, posteriormente, foi derrubada por peritos. Incialmente, o delegado Cícero Torres e o legista Badan Palhares alegaram crime passional. Em 1998, uma outra equipe de peritos constatou que o crime se tratava de duplo homicídio. o Ministério Público chegou a apresentar uma denúncia à Justiça sem apontar o autor do crime. Os quatros suspeitos pela morte de PC e Suzana são os seguranças Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva que trabalhavam na casa do tesoureiro na noite do assassinato. Eles irão a júri popular, que ainda não tem previsão de quando o julgamento irá acontecer. Isso porque, a 8ª Vara Criminal de Maceió, onde corre o caso, ainda não tem um juiz titular. A expectativa de que o caso seja julgado no segundo semestre deste ano. PC Farias foi um dos personagens que mais marcaram o caso do impeachment de Fernando Collor de Mello, atual senador pelo PTB-AL. As informações são do Estadão.
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