A lentidão da Câmara dos Deputados para votar o projeto de decreto legislativo que poderá acabar com a regalia paga a parlamentares brasileiros desde 1946, o 14º e 15º salários, reflete o apego dos congressistas aos elevados valores que lhes chegam aos bolsos todos os anos. Os salários extras unem-se a verbas indenizatórias e outros benefícios que, juntos, resultam em gasto de R$ 1.582.883,43 por ano por deputado do Brasil. Levantamento realizado pelo Estado de Minas aponta que eles são os que mais pesam aos contribuintes dentre os principais países das Américas. Foi considerada a remuneração anual dos parlamentares das oito nações com maior Produto Interno Bruto (PIB) das Américas: Estados Unidos, Brasil, Canadá, México, Argentina, Venezuela, Colômbia e Chile. Em nenhum desses países, além do Brasil, os parlamentares recebem 15 salários por ano. A remuneração total paga aos integrantes da Câmara dos Deputados brasileira é 38% maior que a concedida no país em segundo lugar, a Colômbia. Os deputados colombianos recebem 14 salários correspondentes a R$ 5,8 mil por mês mais diversos benefícios que totalizam R$ 1.147.000 anuais a cada parlamentar. O terceiro parlamentar americano mais bem pago é o chileno. Ele recebe verba indenizatória, ajuda de custo e um 13º salário equivalente a 40 dias de trabalho. Até o fim do ano, embolsa R$ 894.342. Em seguida, vêm o México, com custo total de R$ 515.213, o Canadá, com R$ 310.714, e os Estados Unidos, com R$ 310 mil. Os países que pagam os menores salários combinados com benefícios são a Argentina e a Venezuela. Por ano, cada gabinete venezuelano gera um custo de R$ 65,7 mil, incluindo privilégios e o 13º salário. Um deputado argentino, que recebe apenas 12 salários por ano, fica com R$ 190.800,00. Informações Estado de Minas
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