O governador Jaques Wagner (PT) despachará a partir desta segunda-feira (25) até o dia 2 de julho em Cachoeira, a 111 km de Salvador. Como acontece todos os anos, a sede do governo do Estado será transferida para o município do Recôncavo baiano, ponto inicial da luta pela independência da Bahia, em 1822. A chegada do chefe do Executivo estadual é esperada com grande expectativa pela população, já que a cidade abrigará o homem mais importante da Bahia e, consequentemente, todos os aparatos de segurança serão empenhados para garantir a sua integridade. Com isso, os cachoeirenses deverão ter sete dias garantidos de paz. Isso porque no último mês, os moradores, acostumados com uma cidade pacata, típica do interior baiano, passaram a conviver com constantes ações criminosas consumadas em pleno centro da cidade e durante o dia. Desde o início do ano até o momento, nove pessoas foram executadas e houve 11 tentativas de homicídio, além de constantes tiroteios em alguns bairros, o que têm levado pânico aos munícipes. Só da última segunda (18) até esta quinta (21), quatro pessoas foram mortas por armas de fogo, todas em pontos da região central do município e ainda à luz do dia. Para a promotora de Justiça de Cachoeira, Luiza Amoedo, o município está desassistido na área da Segurança Pública. “Todos esses acontecimentos vêm evidenciando a falta de estrutura das Polícias Civil e Militar, apesar dos empenhos dos representantes locais dessas corporações. A falta de estrutura física e de efetivo têm contribuído para o aumento da violência. A cidade conta apenas com cinco policiais militares por dia para patrulhar uma área turística de quase 400 quilômetros quadrados, com distritos importantes em termos de população e de patrimônio artístico e cultural, mas que estão totalmente desprotegidos em razão da falta de policiais e de viaturas em números suficientes”, alertou, em entrevista ao Bahia Notícias. Ainda segundo a promotora, não há delegado e nem escrivão plantonistas nos finais de semana. “A delegacia fica praticamente fechada, inclusive os autos mais simples, como registros de ocorrências e lavratura de flagrantes, têm que ser encaminhados para Santo Amaro, a 40 quilômetros de distância”, criticou. Nesta quarta (20), os moradores chegaram a fechar a ponte que liga Cachoeira a São Félix, em protesto contra a violência e a falta de segurança. “Alguns pontos turísticos deixaram de abrir aos sábados e domingos porque sustentam que não têm segurança para os acervos. As igrejas deixaram de abrir para a visitação porque a Arquidiocese argumenta que não há segurança. Então, a comunidade e os turistas deixam de ter acesso a esses patrimônios e a cidade perde com isso”, lamentou.
Antes da chegada do governador Wagner, Cachoeira realiza o São João que começa nesta sexta (22) e vai até domingo (24). A Polícia Militar garantiu aumento do efetivo, mas segundo a promotora, a população está assustada e teme o aumento ainda maior da violência durante o período de festas. “Grandes atrações como Chiclete com Banana, Calcinha Preta e outras se apresentarão no São João e há um temor com esta situação. A polícia garantiu o reforço na segurança e estamos aguardando para que a semana de horror que a população enfrentou não se repita”, cobrou. De Bahia Noticias
Antes da chegada do governador Wagner, Cachoeira realiza o São João que começa nesta sexta (22) e vai até domingo (24). A Polícia Militar garantiu aumento do efetivo, mas segundo a promotora, a população está assustada e teme o aumento ainda maior da violência durante o período de festas. “Grandes atrações como Chiclete com Banana, Calcinha Preta e outras se apresentarão no São João e há um temor com esta situação. A polícia garantiu o reforço na segurança e estamos aguardando para que a semana de horror que a população enfrentou não se repita”, cobrou. De Bahia Noticias
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