A história de terror envolvendo homicídio e canibalismo, que chocou os pernambucanos nesta semana, está repercutindo no mundo inteiro. O caso do esquartejamento de duas mulheres no município de Garanhuns tornou-se destaque na imprensa internacional. Entre os sites que destacaram o crime estão o espanhol El País, a BBC de Londres e os argentinos Neuquén e Rio Negro.
No El País de ontem (14), a reportagem destacava que "não se tratava de um fato ocorrido na selva amazônica, mas de uma história de canibalismo que aconteceu a 200 quilômetros das cidades do Recife e Olinda". Em seu portal, o veículo ainda publicou um vídeo com os acusados.
A BBC de Londres chegou a colocar um mapa para situar os leitores sobre a localização do município, no Agreste Setentrional do estado.
Uma das novidades sobre o caso é que possivelmente dois dos três acusados de assassinar, esquartejar e comer a carne das próprias vítimas chegaram a gravar um filme caseiro com cenas de homicídio e canibalismo. O fato ainda será investigado pela delegacia responsável.
Saiba mais sobre o crime
Bruna Cristina de Oliveira da Silva, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira e Isabel Cristina Pires da Silveira foram presos na quarta-feira (11) acusados de assassinar, praticar canibalismo e usar a carne das vítimas para rechear empadas e coxinhas que uma das suspeitas vendia na cidade. Oito mortes são atribuídas ao grupo, que praticava rituais macabros.
O trio afirmou participar de uma seita anti-semitista chamada Cartel, que combatia a "procriação" e tinha como alvo mulheres que deram à luz mais de um filho. O primeiro crime cometido por eles teria sido contra uma moradora de rua identificada como Jéssica Camila. Ela teria sido tirada das ruas pelos suspeitos quando pedia esmolas em um canal de Boa Viagem, Zona Sul no Recife.
Com uma filha de dois anos, foi levada para a casa da família, no bairro de Rio Doce, Olinda, onde foi assassinada dois meses depois. O crime aconteceu em julho de 2008. Jéssica também teve o corpo enterrado no quintal da casa e depois teve os ossos removidos para um terreno baldio, quando o trio se mudou para a Paraíba.
Os assassinatos em série começaram a ser desvendados depois que a polícia encontrou os corpos de Giselly Helena da Silva, de 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, de 20. Na casa onde moravam os suspeitos e onde foram localizados os cadáveres esquartejados e enterrados no quintal, também havia um livro e um caderno onde os assassinos fizeram confissões escritas de próprio punho. do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
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