Alguns dos maiores bancos do País ‘empurram’ pacotes de tarifas mais caros do que o perfil do correntista sugere. É o que revela uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). No Santander, a disparidade significou acréscimo de 69%. No HSBC, o plano contratado custou 53% a mais do que o indicado para o perfil.
Em dezembro de 2011, seis pesquisadores do Idec foram a agências dos maiores bancos do País – Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e HSBC – para abrir contas. Todos foram orientados a descrever para o funcionário um perfil que se adequasse a pacotes com valores entre os mais baixos de cada instituição.
“Repetimos uma pesquisa já feita em 2008, após o Banco Central implementar nova regulamentação para o tema, e não houve melhora”, diz a gerente jurídica do Idec, Maria Elisa Novais. Ela observa que, mesmo os bancos que ofereceram o custo-benefício adequado, relutaram em fazê-lo.
No Itaú e na Caixa, o instituto até conseguiu ‘comprar’ o pacote oferecido, mas após muita negociação. Na Caixa, o pesquisador ficou com o plano Caixa Fácil (R$ 9,80 por mês). No Itaú, foi escolhido o Maxi Conta Itaú Econômica, ao custo mensal de R$ 11,80.
Apenas dois bancos apontaram de imediato planos mais adequados ao cliente: Banco do Brasil e Bradesco. O pacote buscado pelo pesquisador era até mais caro do que os sugeridos pelos bancos.
Para o Idec, o problema mais grave foi o do Santander. “O atendente do banco disse que o cliente não podia contratar o pacote que queria porque tinha uma renda muito alta para aquele plano”, relata Maria Elisa. “Isso não está em nenhuma regulamentação do Banco Central.”
Em nota, o Santander afirmou que “o caso apontado é pontual e não traduz a realidade”. Já o HSBC informou, também em nota, que “uma oferta que eventualmente não esteja enquadrada no perfil do cliente pode ocorrer em razão de falha pontual”. :: Leandro Modé. De http://www.jt.com.br/seu-bolso/
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