Francisco Vianna
Circulam fortes rumores de que em 23 de março próximo a Grécia vai declarar a moratória da sua dívida externa, ou seja, vai dar o calote em seus credores internacionais.
Embora não devamos dar crédito aos teóricos da conspiração, é preciso ter em conta, como diz o velho ditado, "onde há fumaça, há fogo", a fogueira pode ser grande a ponto de chamuscar o pelo do Ocidente.
Verdade ou não, o fato é que a Grécia está incapaz de sair da bagunça que virou a sua economia socialista - como sói acontecer - de gastar mais do que ganha. Quando se instalou o "salve-se quem puder", como é de costume, os gregos estabeleceram um governo conservador (pois só os conservadores e liberais conseguem limpar a sujeira dos socialistas) e o plano que tenta tal façanha, como não poderia deixar de ser, foi elaborado e se propõe a ser posto em prática com base na 'austeridade', sob a supervisão dos "Mestres do Universo", para ver se conseguem manter a Grécia dentro de outra bagunça mais ampla, formidável bomba-relógio, que é a União Européia.
Trata-se de um "teste de fogo" para os defensores da NOM (Nova Ordem Mundial) e ninguém no mundo está livre de sofrimentos eventuais tanto oriundos do "plano de austeridade para a salvação helênica", como, pior ainda, por sua rumorosa eventual moratória.
Já há volumes maciços de capital fugindo da Europa para os EUA (BRL=0,5838 USD), Brasil, Chile (BRL=282,17 CLP) e México (BRL=7,45 MXN) e que influenciarão nos preços das ações das empresas, das mercadorias e futuros e dos metais de um modo geral.
Se o calote grego acontecer é possível que o dólar acompanhe a forte queda de confiança que se abaterá sobre o euro, com aumento de procura de moedas mais estáveis das economias emergentes, como o real brasileiro, o peso chileno e o peso mexicano (como parece que já ocorre).
Título e Texto: Francisco Vianna, 19-02-2012 Edição: JP - http://www.ocaoquefuma.com/
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