A Kodak deixará o negócio de captura digital de imagem, que inclui câmeras, filmadoras e molduras de fotografias digitais, ainda no primeiro semestre de 2012. O objetivo da empresa é se concentrar em negócios de impressão de fotos para o consumidor.
O movimento deverá resultar em economia mais de US$ 100 milhões por ano. O fim da divisão de imagem digital vai resultar na demissão de mais 400 empregados da Kodak, tradicional fabricante americana de câmeras baseada em Rochester, Nova York. A empresa, que chegou a ter 70 mil empregados, contabilizava 18,8 mil no fim de 2010. Mas há especulações que esse número tenha sido reduzido consideravelmente desde então.
A decisão não acarretará, necessariamente, o fim das câmeras Kodak. A companhia pretende licenciar a marca para fabricantes que tenham custos mais competitivos. Segundo o porta-voz da companhia, Christopher Veronda, a possibilidade desperta “significativo interesse”.
Dificuldades
A Kodak entrou com pedido de recuperação judicial mês passado, após ficar sem dinheiro para financiar um longo projeto de recuperação corporativa. A incapacidade de atrair compradores para suas patentes, os benefícios concedidos a trabalhadores aposentados, a economia fraca e dificuldades na relação com varejistas ajudaram a levar a empresa ao pedido de concordata.
A Kodak entrou com pedido de recuperação judicial mês passado, após ficar sem dinheiro para financiar um longo projeto de recuperação corporativa. A incapacidade de atrair compradores para suas patentes, os benefícios concedidos a trabalhadores aposentados, a economia fraca e dificuldades na relação com varejistas ajudaram a levar a empresa ao pedido de concordata.
A companhia, que inventou a fotografia digital em 1975, acabou sendo vítima da transição do mercado do filme para as câmeras digitais. A avaliação de especialistas é de que a companhia, que praticamente dominava o mercado analógico, falhou ao não perceber que o domínio das câmeras digitais havia chegado para ficar. A concorrência acabou por suplantar a Kodak usando a arma que ela mesma havia desenvolvido.
A empresa conseguiu manter certo espaço na fotografia digital até meados da década passada. Em 2006, ocupava a terceira posição em câmeras digitais, atrás de Canon e Sony. No entanto, à medida que o mercado evoluiu, e equipamentos como o telefone celular passaram a tirar o mercado das câmeras mais baratas, a marca perdeu terreno.
No entanto, na avaliação de analistas de mercado, os prospectos atuais para as empresas que concentram suas forças na fabricação de câmeras digitais não é boa. Por isso, diante das dificuldades financeiras, o movimento da Kodak é considerado coerente. “Deixar um mercado que está decaindo rapidamente é provavelmente uma boa ideia”, disse Stephen Barker, analista da consultoria NPD.
A Kodak anunciou que a decisão é “lógica” e está ligada ao seu recente comprometimento em melhorar suas margens. Isso passará pela restrição do portfólio de produtos, da atuação geográfica e da distribuição no varejo. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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