ILHÉUS-BA: CSU agoniza em ruínas entregue à própria sorte

Centro de uma disputa política, ano passado, para a indicação do seu novo gestor, vencida pela deputada estadual Ângela Sousa, o Centro Social Urbano (CSU) de Ilhéus, no sul do estado, já tem todos os seus cargos devidamente preenchidos. Mas, ironicamente, os novos mandatários só não têm no que mandar. O centro está abandonado. É a imagem do descaso e um cabide de empregos do estado. Talvez, o último a ficar, tenha condições de apagar a luz. Se sobrar uma lâmpada, claro. E não é exagero.
Criado há décadas para atender a população carente da zona norte, o CSU já abrigou muito mais que atividades sócio-culturais voltadas para uma comunidade estimada em 10 mil pessoas. Foi centro de políticas públicas para famílias carentes e até sede de serviços como emissão de Carteira de Trabalho, Identidade, dentre outros. O esvaziamento foi iniciado após a construção do SAC de Ilhéus, para onde a maioria dos serviços foi direcionada. Hoje, deveria estar funcionando no atendimento às crianças e jovens carentes, idosos e estudantes da rede de ensino. Deveria. Está tudo sem funcionar.
A horta foi cercada pelo mato. O muro que protege a instituição, desabou. As traves da quadra poliesportiva ganharam novo formato. No Centro de Cultura, onde eram desenvolvidas atividades como dança e música, o teto desabou e, as aulas, foram canceladas. O espaço externo para a capoeira não existe mais. O posto de saúde fechou por falta de condições de funcionamento. E a escola municipal que funciona na área interna do CSU ameaça não iniciar o ano letivo já que ainda não foi possível ter uma avaliação técnica das condições do telhado. No local são atendidas cerca de 230 crianças do ensino fundamental, pela manhã e pela tarde. De http://www.jornalbahiaonline.com.br