O volume de vendas de cerveja, produto que sempre foi o destaque de comercialização nos supermercados, decepcionou em 2011. De acordo com levantamento da Nielsen, feito a pedido da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no ano passado, comparado a 2010, o item teve crescimento de vendas, em volume, de 2,3% ante avanço de 17,8% em 2010 na relação com 2009.
"Cerveja sempre foi um dos produtos que puxam o índice de vendas e até prejudicou o faturamento anual. Deveria ter registrado um porcentual mais elevado de crescimento no ano passado, mas não teve", disse o presidente da Abras, Sussumu Honda, em coletiva de imprensa hoje. Segundo ele, o clima mais frio no final do ano ajudou a desacelerar as vendas da bebida.
Por outro lado, o vinho foi o destaque das vendas dos supermercados em volume. Em 2011, registrou aumento de 34,9% ante 2010. De acordo com Honda, o consumo da bebida - tanto nacional quanto importada - tem crescido anualmente na casa de dois dígitos. "A concorrência com importadores está fazendo com que a indústria nacional do vinho aprimore sua produção", afirmou o executivo, citando algumas empresas como Salton, Miolo e Valduga.
Sobre a obrigatoriedade do selo fiscal nos vinhos, de acordo com instrução da Receita Federal de dezembro, o executivo disse que a Abras foi contra "a partir do momento que havia a obrigatoriedade de selar produtos em estoque", o que acarretaria custos adicionais. "Mas o selo, em si, é bom para o setor. O segmento de uísque já faz isso há um bom tempo", declarou Honda, que disse também que a obrigatoriedade do selo fiscal foi um "lobby" da indústria nacional de vinhos.
Ainda entre os destaques em crescimento de volume de vendas ficaram os sucos de frutas para consumo (15,9%); as bebidas à base de soja (13,6%); o chocolate (11,1%); o leite com sabor (10,9%); os salgadinhos para aperitivos (9,7%); os desodorantes (7,9%); as carnes congeladas (6,7%); o açúcar (4,1%) e o iogurte (3,2%).
Já as maiores quedas de volume foram de sabão em barra (-13,2%); pilha seca (-8%); óleo e azeite (-7,7%); farinha de trigo (-7,7%); leite condensado (-5,1%); arroz (-4,7%); café em pó e em grãos (-4,3%); massa alimentícia (-3,9%); alimentos para cães (-3,7%) e leite em pó (-3,3%).De http://epocanegocios.globo.com/ Agencia Estado
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