Ativistas afirmam que a saudita Shaima Ghassaniya foi condenada a levar dez chibatadas por desafiar a regra que proíbe mulheres de dirigirem no país. O veredicto - o primeiro do gênero na Arábia Saudita - acontece dois dias após o rei Abdullah bin Abdulaziz al-Saud garantir às mulheres o direito de votar e de se candidatar nas eleições municipais de 2015. Outras mulheres já haviam sido detidas por alguns dias, mas nunca sentenciadas por um tribunal.
Shaima teria dirigido na cidade de Jeddah em julho. A ONG Women2Drive, que luta por direitos iguais ao volante, afirmou que a saudita já entrou com um recurso na corte.
Embora não exista uma lei que proíba as mulheres de dirigirem, as fatwas - pareceres emitidos por especialistas, às vezes com peso de lei - condenam a prática, seguindo uma interpretação radical do Alcorão. Além disso, a legislação saudita exige que os motoristas portem licenças, que não são emitidas para mulheres, tornando na prática ilegal a condução de veículos.
A Anista Internacional condenou a decisão, classificando-a como "castigo um cruel".
"É ótimo que tenham dado o direito de voto às mulheres, mas se elas ainda correm o risco de serem açoitadas por tentar exercer o direito à liberdade de locomoção, o rei está alardeando ′reformas` que, na verdade, equivalem a muito pouco", afirmou em comunicado um vice-diretor regional da Anistia, Philip Luther.
O grupo acredita que outras duas mulheres sauditas também enfrentem até o final do ano acusações na Justiça por dirigirem. A ativista Najalaa Harriri, cujo julgamento foi retomado na segunda-feira, afirmou que precisa dirigir para cuidar melhor de seus filhos.
A Arábia Saudita é o único país do mundo onde as mulheres não podem conduzir um veículo.
Women2Drive já interpôs recurso
Em maio, as mulheres sauditas organizaram a campanha Women2Drive nas redes sociais para protestar contra a proibição. Algumas postaram no Twitter que dirigiram livremente nas ruas de Jeddah, Riyadh e Khobar, enquanto outras disseram que foram paradas pela polícia e liberadas depois de assinar um compromisso de não dirigir novamente.
A ativista Manal Alsharif foi presa depois de postar um vídeo no YouTube em que aparece dirigindo seu carro em Khobar.Da Agência O Globo
Shaima teria dirigido na cidade de Jeddah em julho. A ONG Women2Drive, que luta por direitos iguais ao volante, afirmou que a saudita já entrou com um recurso na corte.
Embora não exista uma lei que proíba as mulheres de dirigirem, as fatwas - pareceres emitidos por especialistas, às vezes com peso de lei - condenam a prática, seguindo uma interpretação radical do Alcorão. Além disso, a legislação saudita exige que os motoristas portem licenças, que não são emitidas para mulheres, tornando na prática ilegal a condução de veículos.
A Anista Internacional condenou a decisão, classificando-a como "castigo um cruel".
"É ótimo que tenham dado o direito de voto às mulheres, mas se elas ainda correm o risco de serem açoitadas por tentar exercer o direito à liberdade de locomoção, o rei está alardeando ′reformas` que, na verdade, equivalem a muito pouco", afirmou em comunicado um vice-diretor regional da Anistia, Philip Luther.
O grupo acredita que outras duas mulheres sauditas também enfrentem até o final do ano acusações na Justiça por dirigirem. A ativista Najalaa Harriri, cujo julgamento foi retomado na segunda-feira, afirmou que precisa dirigir para cuidar melhor de seus filhos.
A Arábia Saudita é o único país do mundo onde as mulheres não podem conduzir um veículo.
Women2Drive já interpôs recurso
Em maio, as mulheres sauditas organizaram a campanha Women2Drive nas redes sociais para protestar contra a proibição. Algumas postaram no Twitter que dirigiram livremente nas ruas de Jeddah, Riyadh e Khobar, enquanto outras disseram que foram paradas pela polícia e liberadas depois de assinar um compromisso de não dirigir novamente.
A ativista Manal Alsharif foi presa depois de postar um vídeo no YouTube em que aparece dirigindo seu carro em Khobar.Da Agência O Globo
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