No terceiro dia de grandes manifestações no Marracos desde fevereiro, quando levantes no mundo árabe ganharam força, cerca de 10 mil pessoas sairam às ruas de Casablanca, a maior cidade do país, pedindo reformas e o fim de prisões políticas. Também houve marchas na capital, Rabat, denunciando a corrupção, os casos de tortura e o desemprego, muito alto entre jovens.
Não havia sinais de confronto nas manifestações. Tentando evitar um desfecho semelhante ao das revoltas na Tunísia e no Egito - onde os ex-ditadores Ben Ali e Mubarak deixaram o poder -, autoridades já anunciaram mudanças com objetivo de conter a pressão para que o poder do rei Mohammed seja reduzido.
O Marrocos é uma monarquia constitucional, com um parlamento eleito, mas a Constituição permite que o rei dissolva o legislativo, imponha estado de emergência e tenha peso decisivo nas questões do governo.
Mohammed anunciou alterações constitucionais no mês passado, abdicando de alguns poderes e tornando o judiciário independente, mas os manifestantes querem mais.
Eles também questionam os interesses econômicos da monarquia, que é proprietária da empresa SNI. Outra demanda é a libertação de prisioneiros políticos. Ao menos 92 deles foram soltos no mês passado.Da Agência O Globo
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