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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Servidora pública e mais três pessoas são presas por desvio de medicamento em BH


Uma quadrilha especializada em desviar medicamentos da Prefeitura de Belo Horizonte, adquiridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi desmantelada nesta quarta-feira durante uma operação da Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral do Município e a Secretaria Municipal de Saúde. Quatro pessoas foram presas, entre elas, uma servidora pública que trabalhava há 15 anos na Farmácia Distrital do Barreiro. A mulher é apontada como a líder do grupo, que já provocou um rombo superior a R$ 800 mil ao cofre municipal.

As investigações começaram há um ano, quando a PBH desconfiou do desvio de medicamento na farmácia. De acordo com a PF, a mulher, que não teve o nome divulgado, conseguiu uma forma de burlar o software que registrava as entradas e saídas de medicamentos, que eram usados para abastecer Centros de Saúde e Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) da capital. Ela duplicava o registro de saída dos remédios e os desviava.

O marido da mulher ajudava no transporte. Ele seguia em um veículo até a farmácia, onde faziam o carregamento. Em seguida, levava a carga até um atravessador. Os medicamentos eram guardados para uma farmácia em Ibirité, na Grande BH, que os distribuía para outras quatro filiais em Ribeirão das Neves.

A maioria dos remédios desviados da PBH era de tarja preta. Porém, durante as investigações, a PF encontrou medicamentos diferentes nas farmácias, inclusive, medicamentos internacionais que são proibidos de serem vendidos no Brasil.

A quadrilha estava sendo monitorada. Nesta quarta-feira, a líder da quadrilha e o marido dela foram presos em flagrante enquanto desviavam medicamentos da farmácia do barreiro. Os outros dois presos, que também não tiveram os nomes divulgados, são atravessadores e foram localizados na rua.

Para o secretario municipal de Saúde, Marcelo Teixeira, a quadrilha pode ter faturado bem mais do que R$ 800 mil. “Esse valor do medicamento é o que a Prefeitura comprava no atacado. Eles podem ter feito a venda à varejo, que sai mais caro”, afirma. Segundo o secretario, o caso foi descoberto há um ano, e a mulher não foi afastada, para manter o sigilo e ser descoberto todos os passos da quadrilha.

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