Alstom e CAF são acusadas de fraude em concorrência, durante o governo paulista de José Serra, para operar e manter trens em linha da CPTM
REDAÇÃO ÉPOCA
Trem da CPTM feito pela Alstom (Foto: Wikimedia Commons)
A juíza Roseane Cristina de Aguiar Almeida, da 29ª Vara Criminal da Justiça de São Paulo, aceitou na segunda-feira (28) uma denúncia contra sete executivos da francesa Alstom e da espanhola CAF acusados de cartel e fraude a uma licitação de 2009, durante o governo José Serra, do PSDB em São Paulo. As empresas venceram a licitação para a criação de uma parceria público-privada (PPP) no setor metroferroviário paulista. A contratação, no valor de R$ 1,8 bilhão, previa que as empresas vencedoras operassem e fizessem a manutenção de 288 novos carros na Linha 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) por 20 anos. Os réus têm um prazo de 10 dias para se manifestar.
A denúncia foi apresentada no início de março. Segundo o promotor Marcelo Mendroni, do Grupo Especial de Delitos Econômicos, as empresas formaram cartel para tentar dividir os objetos do contrato. Em seu despacho, a juíza disse que há indícios de que os cinco executivos da Alstom e os dois da CAF cometeram crimes. Eles foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec) do Ministério Público de São Paulo.