Por Renato Machado | Folhapress
Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Lula (PT) evitou fazer críticas mais contundentes à atuação das Forças Armadas no país e disse que prefere não ficar remoendo as consequência do golpe de 1964 porque isso "faz parte do passado" e quer "tocar o país para frente".
Ele ainda acrescentou que em nenhum outro momento da história os integrantes das Forças foram tão punidos, como estão sendo atualmente, pelo envolvimento em tramas golpistas e por participação nos ataques de 8 de janeiro.
Lula concedeu uma entrevista para o programa "É Notícia", da RedeTV, que foi ao ar na noite desta terça-feira (27). O petista foi então questionado sobre qual deveria ser a posição das Forças Armadas em relação a eventuais celebrações dos 60 anos do golpe militar, no próximo dia 31 de março.
"Eu sinceramente vou tratar da forma mais tranquila possível. Estou mais preocupado com o golpe de janeiro de 2023 do que com o de 64 que eu tinha 17 anos de idade, estava dentro da metalúrgica Independência quando aconteceu", afirmou o presidente.
"Isso já faz parte da história, já causou o sofrimento que causou, o povo já conquistou o direito de democratizar esse país. Os generais que estão hoje no poder eram crianças naquele tempo, alguns acho que não tinham nem nascido ainda. O que eu não posso é não tocar a história para frente, ficar remoendo sempre", completou.