Foto: Fiocruz/Divulgação
Um projeto da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a startup H4nds, poderá viabilizar uma nova forma de transporte de materiais biológicos, como amostras de sangue e órgãos, no Brasil. O que hoje é feito de carro ou de avião, pode ser, em breve, transportado por drone: o objetivo é reduzir o tempo e os custos com os deslocamentos. A ideia surgiu a partir do trabalho de doutorado da pesquisadora Izabela Gimenes, da Fiocruz.
“Eu precisava coletar material biológico a mais de 120 km de distância do laboratório, o que tornava a pesquisa inviável pelo deslocamento, custo e dependência de carro institucional. Além disso, tinha que realizar o teste ainda no mesmo dia, pois o material biológico tem um tempo de vida útil muito curto”, conta Izabela.
Apesar de o problema enfrentado pela cientista ser extremamente específico, a pesquisadora levou o desafio a programas de intraempreendedorismo e chegou à parceria com a Fiocruz de Brasília e inovadores dispostos a resolver a proposta da cientista.
“Eu acredito que poderemos salvar muitas vidas, impactando na geração de resultados rápidos para a ciência. Como exemplo, podemos citar desde o transporte de órgãos até a entrega de uma amostra ou material específico no fim de semana. Isso evitaria a perda de um experimento de horas e até dias, caso não fosse entregue no tempo certo de substituição”, diz a pesquisadora.