Cinco pessoas estão presas e serão indiciadas pela morte da família Gonçalves
Mulher informou à polícia que viu Flaviana Gonçalves na condução do veículo onde, horas mais tarde, foram encontrados os três corpos queimados
Do R7, com informações da Record TV
Uma nova testemunha procurou a polícia 18 dias após a morte do casal Flaviana e Romuyuki Gonçalves e do filho Juan, de 15 anos, no ABC Paulista. O carro com os corpos foi localizado em 28 de janeiro. Segundo a mulher que teve a identidade protegida, era Flaviana quem dirigia o Jeep onde, horas mais tarde, foram encontradas as três vítimas carbonizadas em uma estrada de terra de São Bernardo do Campo. As informações são da Record TV.
A testemunha é moradora do condomínio onde a família vivia em Santo André e aparece nas imagens do circuito de segurança minutos antes de os veículos deixarem o local. Aos policiais, ela disse ter certeza de que a vítima estava na condução do Jeep, versão que havia sido apresentada durante a investigação por suspeitos.
Cinco pessoas estão presas e serão indiciadas pelo crime após a conclusão do inquérito: Ana Flávia Gonçalves, filha e irmã das vítimas, Carina Ramos, a mulher dela, os irmãos Juliano e Jonathan Ramos e Guilherme Ramos da Silva.
Os irmãos afirmam que foi Carina quem matou as vítimas. Já Carina e Ana Flávia confessaram ter planejado o roubo à família, mas afirmam que não têm envolvimento nas mortes. A motivação para o crime teria sido financeira.
A advogada de Juliano e Jonathan Ramos, Alessandra Jirardi, informou à Record TV que sabia onde estava escondida uma prova das mortes ainda com manchas de sangue. Até agora o objeto não foi entregue à polícia.
Investigação
Os corpos de Flaviana Gonçalves, de 40 anos, de Romuyuki Gonçalves, de 43 anos, e do filho mais novo do casal, Juan Gonçalves, de 15, foram encontrados carbonizados no porta-malas de um carro em uma região de mata de São Bernardo no dia 28 de janeiro.
Na primeira visita da polícia à casa onde a família morava, em um condomínio de Santo André, os agentes encontraram o imóvel revirado, além de marcas de sangue pelos cômodos. Os investigadores consideraram estranho a residência estar nestas condições, pois não havia sinais de arrombamento. Do local foram roubados eletrodomésticos, cerca de R$ 8 mil dólares, joias e uma arma.
De acordo com a perícia, litros de água sanitária e manchas de sangue foram encontrados no quarto do adolescente. Também foram localizadas manchas de sangue em peças de roupa de Ana Flávia, a filha.
Uma testemunha que está sendo preservada contou aos policiais que ouviu barulhos estranhos vindos da casa das vítimas. Um laudo preliminar apontou que, antes de terem seus corpos carbonizados, as três vítimas morreram com pauladas na cabeça. Como todos os golpes foram do lado direito, a suspeita é de que o autor seja canhoto.
Um homem de cerca de 1,90 m de altura foi visto por uma testemunha junto com as duas suspeitas, na noite do crime, carregando algo pesado para o carro. O suspeito é um primo de Carina, o terceiro suspeito preso, no dia 4 de fevereiro. Em depoimento, segundo a polícia, ele confessou o crime, disse que ele a ação foi premeditada e que Ana Flávia autorizou o assassinato da família.
Segundo o depoimento do suspeito, a ideia do trio era roubar joias e dinheiro do cofre da casa. O pai e o adolescente estavam na residência, no condomínio de Santo André, com Ana Flávia e Carina quando três suspeitos chegaram e anunciaram o assalto.
Carina teria sido a primeira a ser rendida. Os homens exigiam valores. Como o cofre estava vazio e o dinheiro recebido por Romuyuki não estava na residência, houve uma conversa entre os suspeitos. Naquele momento, segundo a versão do suspeito, as duas autorizaram a morte de toda a família.
Pai e filho foram levados para o quarto do adolescente. O suspeito revelou à polícia que os dois foram mortos asfixiados depois de apanhar e que Carina participou do sufocamento de Romuyuki com um saco plástico. Já a mãe, Flaviana, chegou à casa mais tarde e foi vendada.
Outros dois suspeitos pelo crime foram presos em 4 de fevereiro. A polícia chegou a eles a partir do depoimento de Carina na segunda-feira (3). Um deles, no entanto, teve a prisão revogada pela polícia e foi libertado.
Câmeras