“Se deixarem terceirizar não sobra um bancário para contar a história. Se agora já tem muito terceirizado trabalhando em banco, com isso sobrará só eles. Vamos ter que bater na porta dessas empresas [terceirizadas] para pedir emprego”, afirmou um funcionário do Itaú, sobre o avanço da terceirização, seja por meio do julgamento no Supremo Tribunal Federal ou com o Projeto de Lei Complementar (PLS 30/2015), o antigo PL 4330, que libera a terceirização para todos os setores de uma empresa, inclusive sua atividade-fim.
A afirmação foi feita na última sexta-feira (11), durante as paralisações dos bancários de São Paulo, que ocorreram nas principais concentrações de bancos públicos e privados, como no Complexo São João do Banco do Brasil, na Caixa da Avenida dos Autonomistas, no CAT e no ITM do Itaú, no Telebanco Santa Cecília do Bradesco, e no Vila Santander, marca
“Terceirizar serviços bancários não é bom para os trabalhadores, porque vai reduzir o salário. É só ver quanto eles ganham e comparar. Terceirizado trabalha mais, não tem os mesmo diretos que o bancário tem”, elenca um colega do Santander.
Um gerente de agência do Bradesco também se mostrou muito preocupado. “Se esse PL passar, todos os cargos no banco poderão ser terceirizados. Isso é uma grande ameaça a toda a categoria bancária. A atividade-fim não pode ser terceirizada.”