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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Dan Reynolds destaca importância da saúde mental no palco do Rock In Rio

Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista
2024 tem sido um ano de relevante importância para a conscientização da importância dos cuidados com a saúde mental. Um exemplo disso, foi a abordagem feita pelo músico americano, Dan Reynolds, 34 anos, vocalista da banda Imagine Dragons no palco mundo do Rock In Rio.

O artista trouxe a pauta, em meio à apresentação da banda, destacando a importância em desabafar, buscar ajuda, externar os sentimentos, evitar o acúmulos de emoções reprimidas, e entender o papel da terapia na vida de cada um.

O desabafo de Dan, nos faz resgatar entrevistas anteriores em que ele declarou o desafio da fama, na qual críticas, nem sempre construtivas, ajudam a construir um ambiente tóxico dentro do “showbiz” que mexe com o emocional dos artistas, principalmente, se já existe alguma tendência a depressão ou a qualquer tipo de adoecimento mental.

Discurso como esse, em que a mentalidade da busca por autocuidado, da importância do equilíbrio emocional, sendo promovida em plataformas de alto alcance, em um show de relevância estrondosa, que toca milhares de pessoas, dentro e fora do país, inspira e reforça que devemos perder o medo de expor nossa fraqueza, por receio de ser julgado. A coragem em dar a cara a tapa e mostrar: “Não sou perfeito. Sou um ser humano e também sofro emocionalmente”, reforça a potência da conscientização e sabedoria para tudo o que está relacionado à mente.

O fato de não ser tão perceptível quando uma dor física, uma fratura ou outra doença fisiológica qualquer, não diminui o peso que uma dor emocional tem, ou o estrago que ela pode causar, se não houver o acompanhamento e apoio necessário para a cura ou para amenizar seus sintomas.

A depressão e o estresse já foram citados pelo vocalista da Imagine Dragons, como consequências dos excessos de críticas, palavras de depreciação, comparações desnecessárias e “puxadas de tapete”, tanto no universo profissional ou pessoal. E isso mostra o quanto, uma palavra mal colocada, um dedo apontado, sem fundamento, pode prejudicar, consideravelmente, a vida de uma pessoa.

Neste sentido, lembramos da máxima que diz: “palavras podem ferir muito mais que um soco direto”. Elas reverberam de forma negativa, em intensidades e velocidades, fora do comum, diminuindo a autoestima, aumentando a auto depreciação, gerando dúvidas em relação ao potencial profissional do indivíduo e afetando todas as relações ora estabelecidas.

Portanto, esperamos que essas manifestações em prol da importância da saúde mental, do equilíbrio emocional e da busca por apoio e combate aos adoecimentos psíquicos, não sejam apenas discursos.

Transformem-se em atos, políticas públicas eficazes, reforço dos amparos aos colaboradores, dentro de empresas privadas e também do surgimento de meios de acolhimento permanente. Enfim, que essa bandeira da vida saudável, física e mentalmente, seja uma luta de todos, para que as relações sejam mais leves e o cotidiano tenha mais cor.

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