Jornalista Rasim Aliyev concedeu entrevista horas antes de morrer. Ele sofreu fraturas nas costelas e teve hemorragia interna(VEJA.com/Reprodução)
O atacante Javid Huseynov, da seleção do Azerbaijão, e mais cinco pessoas foram presas nesta terça-feira acusados de envolvimento no assassinato do jornalista local Rasim Aliyev, informou o Ministério do Interior da antiga república soviética. O crime aconteceu no último sábado e pode ter sido motivado por críticas feitas pelo profissional de imprensa ao atleta, depois da partida entre o Gabala, do Azerbaijão, e o Apollon Limassol, do Chipre, pela Liga Europa. VEJA.com
Capitão do Gabala, Huseynov causou uma confusão diplomática: após a classificação de seu time, exibiu uma bandeira da Turquia, país que ocupa militarmente um terço do território do Chipre, e ainda ofendeu um jornalista grego que o repreendeu. Questionado posteriormente sobre a atitude, Huseynov afirmou apenas que os turcos eram seus amigos.
Javid Huseynov, do Gabala, exibiu bandeira da Turquia em provocação ao Chipre(Reprodução/Twitter)
Dois dias depois, o jornalista Aliyev publicou a entrevista do atacante em seu perfil no Facebook, dizendo que não gostaria que "um jogador tão mal-educado e que não sabe se comportar, represente o país nos estádios da Europa". Huseynov e seu primo Elshan Ismailov telefonaram para o jornalista, cobrando retratação pelo conteúdo do post na rede social. No mesmo dia, o familiar do jogador e mais quatro homens encontraram Aliyev e o agrediram. A história foi contada pelo próprio Aliyev em entrevista gravada no leito do hospital onde morreria horas depois, de hemorragia interna, causada por fraturas nas costelas.