O mortal pergunta: Quanto custa por mês, os salários de presidente da república, governadores de Estado, senadores, deputados, prefeitos, vereadores, ministros, secretários municipais e estaduais? Somando tudo mais as regalias para cada uma das funções, propinas e superfaturamentos, dá o que um trabalhador comum não ganharia em mais de 100 anos. Com a total desmoralização do setor político, pouquíssimos mandatários já pensam em combater esses e outros arrombamentos aos cofres públicos.
Mas não nos iludamos. Pessoas que mal dormem e já correm para o trabalho sem descanso, merecem muito mais. Pessoas que enfrentam a violência diária e correm risco de vida no setor de trabalho, encaram a ditadura de chefes e patrões inescrupulosos, merecem um pouco mais. Pessoas, sobretudo mulheres que sofrem assédios sexuais, enfrentam transportes públicos demorados e lotados, trânsitos caóticos, merecem um pouco mais. O mortal pergunta mais uma vez: Se não votássemos mais em ninguém, ajudaria em alguma coisa? Provavelmente não, pois o voto é uma ferramenta democrática, a única arma contra sacripantas. Se deixarmos de votar, principalmente com espírito de renovação, o poder fica com quem já está nele. Política não é profissão e sim condição. Portanto, antes de vender o voto pense; ele já custa muito caro, custa à vida de todos. Políticos derrotados que se vendem para seus próprios proveitos, são seres da pior espécie. Vendidos falam em democracia, mas são mercenários e oportunistas.