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O Imperador D. Pedro I abdicou do cargo aos 07 de abril de 1831 e sua partida para Portugal ocorreu seis dias após, quando a música foi executada pela primeira vez.
A história do hino nacional brasileiro marca o fim do Primeiro Reinado.
O maestro Francisco Manuel da Silva havia refeito o hino que criara em 1822, transformando-o em um grito de rebeldia contra a tutela portuguesa. A execução ocorreu no cais do Largo do Paço (atual Praça 15 de Novembro), no Rio de Janeiro, seguida de foguetes e vivas entusiasmados.
Houve várias tentativas de texto para acompanhar a música até que o poeta, professor e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada escreveu, em 1909, os versos que cantamos hoje. A letra, no entanto, foi oficializada apenas na comemoração do primeiro centenário da Independência.
A Lei 5.700, de 1971, reconhece o hino como um dos símbolos nacionais, ao lado da Bandeira, das Armas e do Selo.Sua execução é obrigatória em continência à Bandeira, ao Presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal.
O hino também pode ser tocado na abertura de sessões cívicas, em cerimônias religiosas de sentido patriótico, no início ou no encerramento das transmissões diárias das emissoras de rádio e televisão, assim como para expressar contentamento público em ocasiões festivas.
Ainda segundo a lei, a marcha batida, de autoria do mestre de música Antão Fernandes, deve integrar as instrumentações de orquestra e banda, sendo adotada a adaptação vocal, em fá maior, do maestro Alberto Nepomuceno.
HINO NACIONAL BRASILEIRO (LETRA OFICIAL)
Letra:Joaquim Osório Duque Estrada
Música:
Francisco Manoel da Silva
IOuviram do Ipiranga as margens plácidas
de um povo heróico o brado retumbante,
e o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
conseguimos conquistar com braço forte,
em teu seio, ó liberdade,
desafia o nosso peito a própria morte!
Ó pátria amada,
idolatrada,
salve! salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
de amor e de esperança à terra desce,
se em teu formoso céu, risonho e límpido,
a imagem do cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
és belo, és forte, impávido colosso,
e o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
entre outras mil,
és tu, Brasil,
ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
pátria amada,
Brasil!
IIDeitado eternamente em berço esplêndido,
ao som do mar e à luz do céu profundo,
fulguras, ó Brasil, florão da América,
iluminado ao sol do novo mundo!
Do que a terra mais garrida,
teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"nossos bosques têm mais vida",
"nossa vida" no teu seio "mais amores".
Ó pátria amada,
idolatrada,
salve! salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
o lábaro que ostentas estrelado,
e diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
verás que um filho teu não foge à luta,
nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
entre outras mil,
és tu, Brasil,
ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
pátria amada,
Brasil!
De http://portalescola.blogspot.com/