Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Nesta terça-feira (28), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia sua primeira reunião sob o comando do novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo. Em um cenário marcado pela escalada do dólar e pelo aumento nos preços dos alimentos, o comitê discutirá de quanto será o ajuste na taxa básica de juros, a Selic.
A expectativa do mercado, conforme o boletim Focus, pesquisa semanal conduzida pelo Banco Central junto a analistas financeiros, é de que a Selic seja elevada em 1 ponto percentual, passando de 12,25% para 13,25% ao ano. Caso confirmada, essa será a quarta alta consecutiva da taxa.
No comunicado divulgado ao término da última reunião, em dezembro, o Copom já havia sinalizado a necessidade de novos ajustes de 1 ponto percentual. A decisão, segundo o comitê, visa responder ao agravamento das incertezas no cenário externo e aos impactos do pacote fiscal anunciado pelo governo no final de 2024.
A nova taxa será anunciada nesta quarta-feira (29) ao final do dia. Desde junho de 2024, quando atingiu 10,5% ao ano, a Selic tem sofrido sucessivos aumentos. O ciclo de alta começou em setembro, com reajustes que variaram entre 0,25 ponto percentual e 1 ponto percentual.
Em sua última ata, o Copom indicou que o ciclo de aperto monetário pode se estender. O órgão declarou que o cenário econômico atual demanda uma política monetária contracionista.
INFLAÇÃO
De acordo com o mais recente boletim Focus, a projeção de inflação para 2025 subiu de 4,96% para 5,5% nas últimas quatro semanas. O número supera o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual – permitindo um máximo de 4,5%.
TAXA SELIC
A taxa básica de juros, definida pelo Banco Central, é o principal instrumento utilizado para conter a inflação. Além de servir de referência para as demais taxas da economia, a Selic influencia diretamente o custo de crédito e as condições de financiamento no país.
Diariamente, o BC realiza operações no mercado financeiro, comprando e vendendo títulos públicos federais, para assegurar que a Selic se mantenha próxima ao valor determinado em suas reuniões.
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