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sábado, 30 de novembro de 2024

Bahia tem média de 4,1 mil órfãos por ano desde 2021, dizem cartórios

Foto: Reprodução / TV Brasil
Um levantamento realizado pelos Cartórios de Registro Civil do país aponta que mais de 4,1 mil crianças e adolescentes de até 17 anos ficam órfãos de pelo menos um de seus pais por ano na Bahia. Ainda segundo a pesquisa, a pandemia da COVID-19 foi responsável por ao menos 1/7 da orfandade em território baiano, o equivalente a 527 crianças que perderam seus pais por conta da doença em um total de 3.712 órfãos.

Até este ano, a Covid pode ter deixado até 1.631 crianças e adolescentes sem um dos pais. Os dados obtidos consideram o período de 2021 a 2024, quando foi possível realizar o cruzamento dos dados dos CPFs dos pais existentes nos registros de óbitos com o registro de nascimento de seus filhos, possibilitando averiguar com exatidão o número de órfãos no país ano a ano. Até a metade de 2019 não havia a obrigatoriedade de inclusão do CPF dos pais no registro de nascimento.

O presidente da Associação dos Notários e Registradores da Bahia (Anoreg-BA), Daniel Sampaio, destacou que o levantamento é mais um exemplo da função social exercida pelos cartórios baianos.

"Esse levantamento demonstra como os cartórios baianos desempenham um papel essencial na produção de dados confiáveis para a sociedade. A partir dessas informações, é possível compreender melhor a realidade da orfandade no estado e trabalhar para que políticas públicas sejam direcionadas a essas crianças e adolescentes que necessitam de suporte".

Segundo os dados do levantamento no ano de 2022, foram registradas 3.876 crianças que perderam ao menos um dos pais, enquanto 2023 registrou um aumento para 4.521 órfãos e, até outubro de 2024, o número já totaliza 4.382, o que deve superar o recorde do ano passado neste período.

Quando consideradas apenas crianças e adolescentes que ficaram órfãos dos dois pais, os números variam. Em 2021 foram 72, em 2022, 62, em 2023, 96 e, em até outubro de 2024, 83 órfãos. Em razão de seu contingente populacional, São Paulo é o estado que mais registra órfãos no Brasil, seguido pela Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

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