Renata Dias
Livramento é a sensação de alguns passageiros que não conseguiram embarcar no avião que caiu em Vinhedo, SP. Eles agradecem a Deus.
Foto: Reprodução TV Globo
Livramento divino. Os passageiros que não conseguiram embarcar no avião que caiu em São Paulo agradecem emocionados. Um escapou porque não havia mais lugar para ele, outro porque o funcionário não permitiu. No voo, que saiu de Cascavel, no Paraná, morreram 61 pessoas nesta sexta, 9. Só Notícia Boa
“Eu já agradeci a Deus, você não sabe. Minhas pernas estão aqui tremendo. Só Deus e eu estávamos sabendo desse momento. Iam embarcar mais quatro [amigos comigo]”, contou um jovem, que não embarcou.
Emocionado, um outro homem disse que o funcionário da empresa Aeropass informou que não era possível que ele embarcasse. “Tenho que saber o nome dele, porque ele realmente salvou a minha vida”, disse Adriano.
Não era o dia
Foi o maior desastre aéreo no Brasil desde o voo da TAM, que caiu em São Paulo em 2007. O avião caiu em terreno descampado, ao lado de uma casa, em Vinhedo. À bordo, estavam quatro tripulantes e 57 passageiros. Não houve sobreviventes.
Um dos passageiros que não conseguiram embarcar contou pelo menos 10 pessoas ficaram de fora do voo. O jovem, que estava com mais quatro amigos disse que todos escaparam. Ele contou que estava com a passagem comprada, mas acabou se confundindo justamente no momento do embarque. Olha isso.
Definidamente não era o dia dele. “Eu até botei uma pressão [no funcionário da empresa ao dizer]: ‘Moço, me coloca dentro desse avião’, mas ele falou que não tinha como e remarcou minha passagem”, disse o jovem.
O acidente
O avião da empresa Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo – e parceira da Latam – saiu de Cascavel, no Paraná, e seguia para Guarulhos, em São Paulo.
Porém, o avião, por volta das 13h25 de sexta-feira (9), caiu a 464 quilômetros a capital, em Vinhedo, no interior. Imagens feitas por moradores mostram o momento da tragédia.
A suspeita é de que acúmulo de gelo nas asas do avião pode ter causado acidente, dizem especialistas.
Luto de três dias
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto nacional por três dias. Também determinou a criação de um gabinete de crise sob coordenação do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Todos lamentaram o acidente e prestaram solidariedade às famílias.
Governo federal e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, trabalharão juntos nas investigações.
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