O universitário Genésio, de 15 anos, correu para devolver o Pix que recebeu por engano de um homem chinês que não falava bem o português.
Foto: Arquivo pessoal
Honestidade. Um universitário de 15 anos recebe um Pix de R$ 100 mil por engano e devolve para o dono da quantia. Era um estrangeiro que não falava bem o português. Por Vitor Guerra / SNB
Genésio Alves de Araújo Júnior é da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em São Paulo. O jovem ficou surpreso na última quarta-feira (26), quando o dinheiro caiu na conta dele, que acabou sendo bloqueada por motivos de segurança. Mas desde o início ele já sabia como agir.
No dia seguinte, assim que o banco abriu, o estudante de engenharia elétrica recebeu uma ligação do homem responsável pelo dinheiro, um chinês. Genésio foi ao banco e, junto com o gerente, conseguiu devolver a quantia para o homem, que estava desesperado.
Estrangeiro não falava português direito
Segundo o universitário, o homem não falava muito bem a língua portuguesa.
Genésio explicou que o desconhecido não informou como o erro aconteceu. “Ele não explicou, tentou falar em português e só me disse que tinha feito o Pix errado”, disse.
“O homem que me enviou o Pix sem querer me mandou vários áudios e me ligou pedindo que eu devolvesse o valor. Ele me mostrou o comprovante”, contou o rapaz.
Conta bloqueada
A intenção de Genésio era devolver na mesma hora, mas não foi possível por medidas de segurança do banco.
“Na hora minha conta já foi bloqueada, não consegui ver quem me enviou, nem estornar”, lembrou.
Como não tinha costume de movimentar quantias tão grandes (universitário no fim de mês, gente), o banco imediatamente trancou as movimentações na conta do rapaz.
Para devolver, ele precisou esperar a agência abrir no dia seguinte e foi lá pedir auxílio.
Gerente ajudou
Na agência, Genésio conversou e explicou a situação para o gerente, tanto do bloqueio quanto do estorno.
O profissional ajudou a resolver o problema e em pouco tempo, o dinheiro já estava na conta do estrangeiro desconhecido.
O universitário brincou, dizendo que foi de uber para resolver o problema”. “O único prejuízo que tive foi que paguei um Uber para ir até o banco, porque moro longe. Pedi para o homem me pagar R$ 20 da corrida, mas ele sumiu depois disso”, disse rindo.
A atitude de honestidade também virou alvo de brincadeiras entre os amigos da faculdade. “Eu contei para eles e eles riram bastante. Falaram que era a oportunidade para eu fugir para o Paraguai”, contou.
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