Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ouve testemunhas no processo contra Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa prestou depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (15). O delegado é ouvido no processo que pode resultar na cassação de Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), apontado como um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes. A informação é de uma matéria do Metrópoles.
Rivaldo Barbosa defendeu, em diferentes momentos, que Marielle Franco e Anderson Gomes foram executados a mando da milícia do Rio de Janeiro. Por outro lado, ele enfatizou que não tem acesso às investigações, aponta o Metrópoles.
“Foi a milícia que matou Marielle”, disse o ex-chefe da Polícia do Rio, que também está preso sob a acusação de participação no planejamento do crime. “Desde o dia 31 de maio de 1969, eu nunca falei com nenhum irmão Brazão. Nem falei algo pessoal, profissional, ou pessoa. Na minha vida, eu nunca falei com eles. Eu não existo para eles. E eles não existem para mim, com o respeito que eu tenho ao ser humano”, complementou.
O Metrópoles ainda aponta que Rivaldo Barbosa assumiu a Polícia Civil um dia antes da morte da vereadora. Segundo a Polícia Federal (PF), ele teria auxiliado os mandantes dos assassinatos no planejamento do crime e atrapalhado as investigações. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro nega qualquer envolvimento no crime. De acordo com ele, a única participação dele na investigação foi para designar o delegado responsável para apurar o caso, no caso o delegado Giniton Lages.
Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ), são suspeitos de terem mandado matar Marielle Franco em 2018, no Rio de Janeiro. Os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa foram presos em março deste ano por envolvimento no crime. Depois da prisão dos irmãos Brazão, a bancada do PSol pediu a cassação do mandato de Chiquinho Brazão por quebra de decoro parlamentar. Em 2018, ele e Marielle Franco eram vereadores na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. “Eu já perdi 15kg e a única coisa que eu fiz foi indicar o delegado que prendeu Ronnie Lessa”, enfatizou o ex-chefe da Polícia do Rio, complementa o Metrópoles.
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