De acordo com um Relatório Mundial Sobre a Visão da Organização Mundial de Saúde (OMS) dois bilhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência visual. Por isso, crianças portadoras de deficiência visual devem ser avaliadas por profissionais da área da saúde e da educação num trabalho conjunto para identificar suas necessidades específicas e sua potencialidade.
Muitas crianças são consideradas deficientes mentais, erroneamente, em razão de problemas de visão ou por sua dificuldade de aprendizagem para realizar determinadas tarefas. O mesmo estudo destaca que entre 2008 e 2015 de 51 milhões de estudantes avaliados no Brasil 53.760 tinham deficiência visual.
Com objetivo de promover a equidade visual para os alunos matriculados na rede pública municipal de ensino, a Prefeitura de Itabuna, através das secretarias municipais de Saúde, da Educação, Governo e de Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPS), iniciou o “Projeto Criança com Visão, Futuro na Mão, um Novo Olhar na Educação”.
O prefeito Augusto Castro (PSD) preocupado com os baixos índices de aprovação dos alunos da Rede Municipal de Ensino com intuito de detectar a origem do problema determinou uma triagem nas unidades escolares que apontaram número elevado de crianças e adolescentes com dificuldade na visão.
A iniciativa do Governo municipal tem o objetivo de garantir mais qualidade de vida e melhores condições para saúde visual dos estudantes da rede pública. De acordo com o secretário municipal de Governo, Rosivaldo Pinheiro, o projeto visa cumprir com as promessas e planos traçados pela gestão.
“Um dos principais pilares da gestão Augusto Castro (PSD) é cuidar de gente. Com isso, o prefeito idealizou um projeto que ajudasse a identificar os alunos com problema de visão para realizar exames oftalmológicos e receberem óculos de grau”, ressaltou.
A secretária municipal da Educação, Adriana Tumissa, destacou que o projeto visa atender crianças e adolescentes com idade entre sete e 14 anos matriculados na rede municipal de ensino.
“A intenção deste projeto é cuidar das crianças e dos adolescentes já que os problemas de visão impactam diretamente na qualidade da aprendizagem do aluno.
A parceria com as demais secretarias é bastante importante, porque cuidamos do aluno nas escolas e da saúde no processo de aprendizagem”, observou.
“Além disso, também firmamos parceria com os pais e responsáveis para que autorizem e acompanhem seus filhos tanto na consulta quanto na escolha dos óculos”, informou a secretária.
O coordenador do Programa Saúde na Escola (PSE), Manassés Moreira, explicou que o projeto consiste em quatro etapas. Na primeira fase, as equipes médicas da Secretaria Municipal de Saúde vão até as escolas e realizam a triagem com os alunos, enquanto na segunda fase, os alunos diagnosticados com dificuldade na visão passam pela dilatação da pupila.
Na terceira fase, o estudante passa por consulta com o médico oftalmologista que aponta a necessidade do auxílio de óculos e emite a receita. Depois disso, o estudante pode escolher o modelo da armação dos óculos. Manassés contou que a expectativa é de atender seis mil alunos nas escolas da rede.
O coordenador do PSE revelou ainda que já foram atendidos alunos das escolas municipais: Flávio Simões, Lourival Oliveira Soares, Yolanda Pires, Leonor Santos Pacheco, Ana Francisca Messias e as escolas do entorno e alunos da Associação de Pais de Amigos dos Excepcionais (APAE).
Além disso, a Escola Betel e alunos do Instituto Municipal de Educação Aziz Maron (IMEAN). Ele contou que o cronograma seguirá para as demais escolas do município ainda não atendidas.
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