Juíza apontou dubiedade de decreto, mas após atualização do texto afirmou que acusações de confisco se configura como fake news, que devem ser coibidas
Foto: Alisson Moura/PMC
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou que o vereador Jonas Dalagna (PP), de Canoas, remova de suas redes uma publicação falsa na acusa o prefeito da cidade gaúcha, Jairo Jorge (PSD), de editar decretos que permitiriam o confisco de doações às vítimas das enchentes.
Em despacho, a juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet apontou que o texto inicial dos decretos era confuso ao não deixar claro que a gestão municipal previa a “requisição administrativa de bens particulares” apenas de “atacadistas, lojas de departamentos, e outras pessoas jurídicas de grande porte”.
Tendo isto em vista, a magistrada afirmou que os decretos provocaram comoção nas redes com “notícias alarmantes”, que podem ter acarretado “perda de credibilidade do município”.
Após a atualização do texto, entretanto, ela entendeu que a postagem do vereador deveria ser considerada uma “fake news” e pediu a remoção do conteúdo ao Facebook em um prazo de 24 horas.
Segundo a Justiça, o novo texto deixou “claro que o édito municipal refere-se a bens pertencentes a estabelecimentos comerciais particulares” e que “qualquer veiculação referindo que há ato administrativo formalizado e publicado prevendo o confisco de doações configura, efetivamente, ‘Fake News’, o que deve ser coibido de forma contundente”.
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