Futuro promissor: Entenda como funciona a parceria entre Itabuna e Vitória para a disputa da Série D

Por Thiago Tolentino / Hugo Araújo

Foto: Hugo Araújo / Bahia Notícias

Com objetivo de se estabilizar no futebol, o Itabuna firmou uma nova parceria com o Vitória que promete render muitos frutos ao Azulino, que garantiu a sua participação na Série D após Fábio Mota, presidente do Leão, e Rodrigo Xavier, presidente do Dragão, selarem o acordo no dia 15 de março deste ano.

A equipe do sul da Bahia vai receber cerca de 18 a 19 atletas por empréstimo do Vitória e terá o seu mando de campo no Estádio Roberto Santos (Pituaçu), em Salvador. Davidson Magalhães, Secretário Estadual da Bahia, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), foi quem viabilizou o processo. Laelson Lopes, técnico do Sub-20 do Rubro-Negro, estará à frente da equipe durante a campanha na quarta divisão do brasileiro e Thiago Noronha, diretor de base, será o gestor do grupo. O grupo do Itabuna na Série D possui Audax-RJ, Democrata SL, Ipatinga, Nova Iguaçu, Portuguesa-RJ, Real Noroeste-RJ e Serra.

Essa não é primeira vez que uma parceria entre clubes nesses moldes acontece. Operário (SP) e Resende (RJ), por exemplo, já firmaram parcerias com clubes do futebol europeu. O clube paulista já foi parceiro do Levante, da Espanha, onde transferiu alguns atletas do sub-17 e sub-20 para ingressarem na equipe espanhola. Já o clube carioca, que até chegou a modificar seu escudo e o seu uniforme, firmou uma parceria com o Lyon, da França, onde também enviou atletas para atuarem no futebol francês.

Foto: André Moreira / Resende | Divulgação / Operário | Montagem / Bahia Notícias

Para entender mais sobre como este modelo de parceria vai beneficiar o Itabuna e o Vitória, Thiago Noronha, diretor da base do Leão, e Rodrigo Xavier, presidente do Azulino, explicaram detalhadamente ao Bahia Notícias sobre como isso pode ajudar ambos os clubes em um cenário de longo prazo.

Rodrigo Xavier foi quem se mostrou bastante contente com o projeto. A equipe não fez uma boa campanha no Baianão desta temporada, sendo rebaixado para a segunda divisão do torneio. O clube vivia um momento de incerteza para a disputa da Série D do Brasileiro até a proposta feita pelo Vitória. Para Rodrigo, o cenário agora é totalmente diferente do que era há um mês e a equipe vai brigar fortemente na competição após a chegada desses atletas promissores.

Foto: Hugo Araújo / Bahia Notícias

“Tenho certeza que vamos entrar com uma equipe que vai realmente disputar na competição, não só por participar, e isso é muito importante. Fora isso, a parceria vem para que a gente possa fortalecer o Itabuna Esporte Clube e o Esporte Clube Vitória, tanto na base, como no profissional. Sem dúvida nenhuma, para a disputa da Série B do Campeonato Baiano, a gente vai continuar com a parceria, que é duradoura e que vem para fortalecer ainda mais as duas equipes e o futebol da Bahia como um todo”, indicou o mandatário.

Apesar da novidade, Xavier ressaltou sobre a dificuldade que a equipe teve para a disputa do estadual no início do ano e pontuou os fatores que levaram o Itabuna à queda de divisão, o clube quase chegou a aderir ao modelo de Sociedade Anônima de Futebol (SAF), mas o negócio não se concretizou. Um dos expoentes que culminaram na queda do clube foi a ida do seu treinador, Matheus Sodré, para o Águia de Marabá, que atualmente disputa a Copa do Brasil. O presidente coloca como fator principal a escolha do elenco para esta temporada.

“São vários fatores. Primeiro que nós estávamos no ano passado em processo de formação de SAF e no mês de outubro, muito próximo à competição, houve a desistência. Nós reassumimos por volta de 15 de outubro essa parte de futebol, é pouco tempo para que se conseguisse formar toda a estrutura para a participação no Baiano. Enfrentamos isso de frente, tivemos erros de contratação de atletas, apostamos num elenco que acreditamos que daria resultado e, infelizmente, dentro de campo não deram resultado. Tivemos a questão da troca de técnico e diversos outros fatores influenciaram negativamente. Acreditamos que podíamos ter vencido alguns jogos, mas o futebol é bola na rede. Tivemos derrotas ou empate que poderíamos ter saído com o resultado diferente mas não aconteceu. É uma responsabilidade da nossa diretoria”, revelou.