Foto: José Cruz / Agência Brasil
Um estudo do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Bahia identificou que mulheres de baixa renda beneficiárias do Bolsa Família e vivem em municípios com alto nível de desigualdade apresentam incidência menor de morte por câncer de mama, que as não beneficiárias. Por Agência Brasil
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Jama Network e divulgados nesta sexta-feira(2) pela Fiocruz. O estudo analisou também dados de mais de 20 milhões de mulheres adultas registradas no Cadastro Único do governo federal.
Além disso, foi apontado que quanto maior a desigualdade de renda nas cidades, denominada de segregação na pesquisa, maior é o risco de morrer por câncer de mama.
Quando na pesquisa, houve a divisão de mulheres de baixa renda entre quem recebe e quem não recebe o Bolsa Família, a constatação foi de que mulheres que não receberam o benefício tiveram um risco de mortalidade por câncer de mama 17% maior em comparação com as beneficiárias do Programa.
De acordo com publicação da Agência Brasil, a pesquisa nasceu de uma colaboração entre pesquisadores do Cidacs/Fiocruz Bahia, da Faculdade de Epidemiologia e Saúde da População da London School of Hygiene and Tropical Medicine, do Ubuntu Center on Racism, Global Movements and Population Health Equity da Universidade Drexel, do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia.
Os dados utilizados foram de 2001 a 2015 do Cadastro Único do governo federal, que inclui mais de 114 milhões de brasileiros com baixa renda (quase 55% da população do país). Das mulheres entrevistadas, 53,3% eram pardas, 32,8% eram brancas, 8,2% eram pretas, 0,5% eram indígenas e 0,4% eram asiáticas.
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