Limitar o aquecimento a longo prazo a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais virou esforço global
Foto: Assessoria/Lula
Pela primeira vez, o aumento da temperatura global ultrapassou 1,5°C ao longo de um ano inteiro, de acordo com o serviço climático da União Europeia. A informação é de reportagem da BBC.
Os líderes mundiais prometeram em 2015 tentar limitar o aumento da temperatura a longo prazo a 1,5°C em comparação com os níveis pré-industriais, o que é visto como fundamental para evitar os impactos mais nocivos do aquecimento global no planeta.
Esta violação do primeiro ano não rompe o que foi alinhado no Acordo de Paris, mas aproxima o mundo dessa marca no longo prazo.
Ações urgentes para reduzir as emissões de carbono ainda podem retardar o aquecimento global, dizem os cientistas.
“Superar [1,5°C de aquecimento] em uma média anual é significativo”, diz a professora Liz Bentley, executiva-chefe da Royal Meteorological Society do Reino Unido.
Limitar o aquecimento a longo prazo a 1,5°C acima dos níveis “pré-industriais” —antes que os seres humanos começaram a queimar grandes quantidades de combustíveis fósseis— virou um símbolo fundamental dos esforços internacionais para combater as mudanças climáticas.
Um relatório da ONU de 2018 afirmou que os riscos das mudanças climáticas —como ondas de calor intensas, subida do nível do mar e morte da vida selvagem— eram muito mais elevados com um aquecimento de 2°C do que com 1,5°C.
Mas as temperaturas continuaram crescendo em um ritmo preocupante, como mostram os dados do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus da União Europeia do ano passado, ilustrados no gráfico abaixo. O período de fevereiro de 2023 a janeiro de 2024 teve aquecimento de 1,52°C.
Nenhum comentário:
Postar um comentário