Em conversa com Lula, a cúpula da Polícia Federal afirmou que o ex-número 2 de Dino ‘garantiria independência’ da Abin e tocaria as mudanças necessárias
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ex-número dois de Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli foi o nome defendido pela cúpula da Polícia Federal (PF) para comandar Agência Brasileira de Inteligência (Abin) após o recente escândalo da “Abin paralela”.
De acordo com informações da coluna de Bela Megale, no O Globo, o gesto da PF ocorreu há menos de duas semanas, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu sugestões de nomes para uma eventual mudança no comando da agência hoje chefiada por Luiz Fernando Corrêa.
Cappelli foi escalado por Dino como interventor da área de segurança pública do Distrito Federal, após o 8 de janeiro, e também atuou como chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Segundo a coluna, tais funções o aproximaram mais da PF, para quem ele “garantiria independência” da Abin e tocaria as mudanças necessárias.
Apesar da tentativa da PF de emplacá-lo na Abin, Ricardo Cappelli acabou assumindo a presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a convite do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).
Quanto a Abin, na semana passada Lula decidiu manter o diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, e demitir o diretor-adjunto, Alessandro Moretti, número 2 do órgão, além de quatro chefes de departamentos internos da agência.
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