Foto: Divulgação
A Polícia Federal prendeu, na madrugada deste domingo (7), um operador financeiro com expertise de lavagem de dinheiro por meio de criptoativos do Brasil. O homem, conhecido como “Rei do Cripto” foi detido na área migratória do aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), quando tentava embarcar em voo com destino à cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Via BN
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o investigado e sua companheira, tendo em vista que o mandado expedido quando da deflagração da Operação Colossus não foi cumprido em razão de não terem sido localizados no país.
De acordo com a PF, em Dubai, o homem fixou residência a fim de possibilitar a continuidade da prática criminosa de forma a dificultar a atuação das autoridades policiais brasileiras. A prisão ocorreu após dias de monitoramento do investigado pela corporação.
Segundo a investigação, o homem é responsável por diversos atos de lavagem de capitais por meio do recebimento de recursos financeiros de origem ilícita no país e sua disponibilização como criptoativos, tanto no exterior quanto no território nacional, dissimulando e ocultando a origem dos valores mediante sucessivas transações realizadas por diferentes empresas de fachada. Além da prática dos crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, funcionamento irregular de instituição financeira e falsa identidade em operação de câmbio.
A prisão é um desmembramento da investigação iniciada no âmbito da Operação Colossus, quando foi verificado que uma das empresas controladas pelo investigado movimentou, entre os anos de 2017 e 2021, mais de R$ 13 bilhões entre créditos e débitos, sem apresentar registros de emissão de Notas Fiscais compatíveis com a movimentação bancária levantada, além de evidências de operação com dinheiro proveniente de tráfico de drogas e outros crimes.
Ainda, há provas de que, mesmo residindo no exterior, o investigado continua praticando delitos, tendo sido identificada conta bancária pertencente a empresa titularizada por “laranja” e por ele utilizada para o recebimento e transferência de recursos. Com registros de atuação ao longo do último ano, em apenas dez meses a conta bancária por ele utilizada apresentou movimentação bancária superior a R$ 1,4 bilhões.
Nesse contexto, considerando a reiteração delitiva, a gravidade em concreto da conduta e a fixação de residência fora do país sem a comunicação formal às autoridades, foi decretada sua prisão preventiva a fim de resguardar a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal.
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