Foto: Ministério do Trabalho
Após o Brasil comemorar recorde de denúncias de trabalho escravo no ano de 2023, a Auditoria-Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), responsável pelo combate ao trabalho escravo e trabalho infantil, fiscalização de acidentes e outras atividades seguem paralisadas na Bahia.
Em resposta ao descumprimento de acordos entre o governo federal e a categoria em 2016, a Bahia aderiu à paralisação nacional na última quinta-feira (11). Também houve entrega de cargos de chefia e de coordenação por parte de Auditores-Fiscais do Trabalho que atuam em operações de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão.
Para o Auditor-Fiscal do Trabalho na Bahia, Diego Barros Leal, esta ação é o resultado da falta de compromisso do Governo Federal com a Fiscalização do Trabalho Escravo e outras atividades fundamentais para a promoção de um trabalho digno no País.
“Esta sempre foi a última opção. Paralisar atividades tão importantes e entregar cargos de chefia e coordenação está sendo nossa última tentativa de sensibilizar o governo para a importância da Auditoria-Fiscal do Trabalho”, afirma o Auditor.
Ao todo, até o momento, onze coordenações e chefias ficaram vagas na Bahia, incluindo as coordenações de combate ao Trabalho Escravo e ao Trabalho Infantil, e esse número tende a aumentar nos próximos dias.
Agora, a expectativa é que o Governo Federal cumpra os compromissos assumidos e valorize a atividade que viveu, nos últimos anos, um processo de sucateamento com a defasagem de investimentos em pessoal e estrutura, o que vem comprometendo de maneira dramática a realização das fiscalizações.
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