> TABOCAS NOTICIAS : Marcas de maquininha de cartão processam presidente da Febraban

sábado, 23 de dezembro de 2023

Marcas de maquininha de cartão processam presidente da Febraban

Anna Dulce
Créditos: Divulgação
Na queixa-crime, é citada a “veiculação sistemática de declarações”, indevidas e infundadas, contra a reputação da companhia e do setor de maquininhas. (Com Agência O Globo e UOL) Anna Dulce / administradores

A Stone entrou com uma queixa-crime na Justiça contra Isaac Sidney Menezes Ferreira, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo a Folha de S. Paulo, o PagBank também apresentou a queixa.

Enquanto o PagBank diz que o presidente da Febraban acusa o setor de empresas independentes de máquinas de cartão de “fraude, pirataria e dissimulação”, a Stone alega que uma “campanha difamatória” estaria sendo feita contra as instituições de meios de pagamento.

Na queixa-crime, é citada pela Stone a “veiculação sistemática de declarações”, indevidas e infundadas, contra a reputação da companhia e do setor de maquininhas.

“A acusação falsa e infamante de que a Stone supostamente não atuaria conforme permitido pelo arcabouço legal e regulatório é inadmissível e não será tolerada”, declarou a companhia através de nota.

No começo deste mês, Febraban denunciou Stone, PagBank, PicPay e Mercado Pago ao BC por suspeita de fraudes com cartões. Segundo a Federação, as empresas denunciadas estariam cobrando juros dos consumidores de “forma dissimulada”.

Além disso, duas medidas de natureza criminal contra a presidente da Abranet, Carol Elizabeth Conway, foram protocoladas pela Federação por difamação e informação falsa contra os bancos.

Na primeira delas, a Febraban afirmou que PagSeguro, Stone e Mercado Pago desenvolveram uma oferta de crédito que permite aos estabelecimentos comerciais cobrarem o chamado “Parcelado Comprador”, embutindo um adicional ao preço do produto nas compras parceladas.

Já na segunda, a entidade pediu a investigação do Mercado Pago e do PicPay, dizendo que, “por meio de uma engenharia financeira, estariam concedendo empréstimos aos consumidores, inclusive deles cobrando juros, mas, também de forma dissimulada, registrando a operação como modalidade de “Parcelado sem Juros”, sem que sequer haja uma relação de consumo na compra de bens”.

Nesta semana, a Stone afirmou respeitar as regras do setor e estar aberta a debates referentes à indústria de pagamentos. “A Stone não admitirá que a fronteira da civilidade seja ultrapassada e que se perpetuem comportamentos difamatórios ou que ataquem injustamente sua reputação por outras vias”, acrescentou.

A disputa sobre os juros no rotativo do cartão de crédito e as compras parceladas no cartão sem juros tem sido travada por empresas de maquininhas e bancos tradicionais, que não queriam teto para os juros e condicionavam qualquer redução a restrições no parcelamento sem taxa, tem se estendido.

Para solucionar a discordância, um grupo de trabalho com participação de ambos os lados e com integrantes do governo chegou a ser formado, mas um consenso não foi alcançado.

Nesta quinta-feira (21), o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu manter a limitação da cobrança de juros no rotativo ao valor da dívida no cartão, prevista na lei do Desenrola, garantindo que a dívida total seja, no máximo, o dobro da inicial.

Os juros no rotativo no cartão, hoje, ultrapassam 400% ao ano. Já as compras parceladas sem juros continuam sem restrições, de acordo com a decisão do CMN.

Nenhum comentário:

Postar um comentário