O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda uma movimentação estratégica
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A diretoria do Banco Central ainda não foi definida e o governo pensa em estratégias para acomodar os novos nomes que serão indicados pelo Planalto para ocupar as duas cadeiras que ficarão vagas na virada do ano. A famosa ‘danças das cadeiras’ pode acontecer para que a movimentação política agrade os aliados. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda uma movimentação estratégica.
A redistribuição de cargos passou a ser discutida em meio às avaliações do governo para os nomes que vão substituir Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) e Mauricio Moura (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta), cujos mandatos terminam no dia 31 de dezembro.
Está sendo analisada a realocação de Ailton Aquino, que hoje chefia a área de Fiscalização por indicação de Lula, para a diretoria responsável pelo relacionamento institucional do BC. Tradicionalmente, o setor é comandado por um funcionário de carreira da autoridade monetária (caso de Aquino).
No cargo que ficaria vago com a troca, uma possibilidade é a indicação de Rodrigo Monteiro –servidor do BC que chegou a ter o nome dado como certo em março para assumir a diretoria de Fiscalização, o que acabou não se concretizando.
Para a chefia da área de Assuntos Internacionais, voltou a ser cotado Luiz Awazu Pereira da Silva, ex-diretor do BC na gestão Dilma Rousseff (PT). No fim de agosto, ele encerrou sua passagem como vice-gerente geral do BIS (Banco de Compensações Internacionais) –o “banco central dos bancos centrais”.
Mais especulações – Alguns nomes ligados ao governo são especulados pelo mercado financeiro. São tidas como opções Raquel Nadal Cesar Gonçalves, subsecretária de Política Macroeconômica, e Débora Freire Cardoso, subsecretária de Política Fiscal. Ambas atuam na SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda.
Os nomes delas ganham força na medida em que se entende que é a vez de uma mulher ser indicada para uma vaga na cúpula do BC –o que estaria em sintonia com a promessa do governo de assegurar mais diversidade na alta administração.
Com a saída de Guardado, se outra mulher não for nomeada, restaria apenas Carolina de Assis (Administração) no colegiado da autoridade monetária a partir de 2024. Outra possibilidade é Gustavo Guimarães, secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento.
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