Os analistas de mercado do Bradesco BBI (Banco de Investimento da Organização Bradesco) rebaixaram o nível de recomendação das ações da PagSeguro e da fintech Stone.
Fonte: Valor Investe / Imagem principal: Jo Galvao/Shutterstock
A primeira caiu do nível ‘outperform’, termo em inglês que denota desempenho acima da média, para neutra. A Stone, por sua vez, teve os seus papéis rebaixados de neutra para ‘underperform‘, que, diferente do termo citado antes, mostra um desempenho abaixo da média observada no mercado.
Um dos motivos, segundo os especialistas, é a queda das margens líquidas para os adquirentes em virtude das altas taxas de juros — adquirentes são empresas cujo papel é liquidar transações financeiras através de cartão de crédito e débito.
No caso específico da Stone, os analistas ainda destacam um salto em despesas internas depois que a empresa decidiu comprar a Linx, uma companhia que opera no setor de tecnologia para o varejo. A aquisição, como de costume, demanda maiores investimentos por parte da compradora em outras áreas, o que elevou a sua necessidade de capital de giro para financiar o negócio.
Sendo assim, suas projeções de lucro acumulado para 2022 caíram de R$ 1,77 bilhão para R$ 745 milhões, menos da metade do esperado. O número refletiu diretamente no valor das ações da Stone, que caíram de US$ 49 para US$ 16,78 ao longo do pregão desta segunda (22) na Nasdaq.
Já sobre o PagSeguro, a avaliação dos especialistas se repetiu na necessidade de capital de giro para financiar os negócios da companhia em 2022 e também no aumento de despesas com investimentos.
Assim como no caso da Stone, a projeção de lucro acumulado para o PagSeguro no próximo ano caiu de R$ 2,46 bilhões para R$ 1,65 bilhão, 24% abaixo do esperado. O cenário também impactou no valor das ações da empresa, que caíram de US$ 63 para US$ 27,67 nesta segunda (22) na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE).
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