por Nuno Krause / BN
Foto: Lucas Figueiredo / CBF
Foi diante da Alemanha que o Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro olímpica no futebol masculino, há cinco anos, nos Jogos do Rio-2016. Após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar, a decisão foi nos pênaltis, com Neymar Júnior efetuando a cobrança daquele que tirou o grito da garganta do torcedor brasileiro. Nesta quinta-feira (22), às 8h30, no estádio de Yokohama, no Japão, Brasil e Alemanha voltam a estar frente a frente. Dessa vez, em circunstâncias bem diferentes.
Ao invés de ter caráter decisivo, a partida marca a estreia da seleção brasileira no Grupo D do torneio de futebol masculino da Olimpíada de Tóquio. O Brasil ainda enfrenta Costa do Marfim e Arábia Saudita para definir seu destino na competição.
Além disso, o craque Neymar não estará presente dessa vez. O camisa 10 até chegou a ser convocado pelo técnico André Jardine, mas não foi liberado por seu clube, o Paris Saint Germain (PSG), da França.
Sendo assim, uma geração de jovens destaques criados com a cultura da Amarelinha entranhada nas veias terá a difícil missão de repetir o feito alcançado em 2016. No comando desse barco, André Jardine conta com um auxílio de peso: o lateral direito Daniel Alves. O atleta baiano, de 39 anos, que possui no currículo "só" três participações em Copas do Mundo, mas que debuta no torneio olímpico.
A escalação, segundo o site ge.com, já está confirmada: Santos, Daniel Alves, Diego Carlos, Nino e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho; Richarlison, Matheus Cunha e Antony.
"A estratégia foi entrosar ao máximo a equipe que a gente acha ideal. É muito comum nesses torneios que as equipes que comecem não terminem o torneio. Acredito que nossa equipe vai se modificar durante a competição, encontrar outras variantes. Não nos procuramos com isso, pelo contrário. Como treinador, tento desfrutar da qualidade e desse bom repertório de jogadores que a Seleção tem, para durante a competição surpreender e encontrar alternativas diferentes, melhores estratégias. Para esse jogo, optamos por uma formação que vai nos oferecer bastante força na frente, um poder grande de marcação, entendemos que é a formação ideal para esse primeiro jogo, contra a Alemanha", afirmou Jardine, em entrevista coletiva.
O palco desse duelo entre Brasil e Alemanha, com histórico repleto de alegrias e tristezas para os dois lados, não poderia ser melhor para quem é brasileiro. Foi lá, no Estádio Internacional de Yokohama, que a seleção principal canarinho bateu a Alemanha por 2 a 0, na final da Copa de 2002.
"A gente fica muito honrado de participar de um jogo dessa magnitude, dessa história, ficamos muito honrados de participar. Esperamos, além de desfrutar, escrever mais uma página na história desse confronto. E que seja uma página brasileira", completou o treinador.
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