Foto: Hugo Barreto/ Metrópoles
Embora o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não tenha reconhecido a vitória do democrata Joe Biden nas eleições dos Estados Unidos, seu vice-presidente vai no sentido oposto. Hamilton Mourão (PRTB) disse à imprensa, na manhã desta sexta-feira (13), que o resultado do pleito estadunidense já está definido.
"Como indivíduo, eu reconheço, mas temos que olhar que eu não respondo pelo Executivo. Como indivíduo, eu julgo que a vitória do Joe Biden está cada vez mais sendo irreversível", declarou Mourão em entrevista à rádio Gaúcha ZH.
Uma das primeiras notícias publicadas pela imprensa nacional hoje foi que o democrata venceu no estado do Arizona. Desde a semana passada, a Associated Press confirma a vitória dele no estado, mas outros institutos foram mais cautelosos. Mesmo assim, com o resultado garantido na Pensilvânia, desde o último sábado (7), Biden foi reconhecido como presidente eleito. O atual presidente, o republicano Donald Trump, é que ainda não admitiu a derrota.
Como seu apoiador, Bolsonaro até o momento não reconheceu nem saudou Biden e a vice eleita Kamala Harris. Pelo contrário, sem citar nomes, o presidente brasileiro fez uma afronta indireta, na noite de terça-feira (10), ao dizer que um "candidato a chefia de estado" sugeriu que poderia criar barreiras comerciais se o Brasil não trabalhasse para conter o desmatamento na Amazônia.
"Temos que tomar cuidado com a riqueza, pois está cheio de malandro de olho nela. O Brasil é um país riquíssimo. Assistimos a pouco um grande candidato a chefia de estado dizer que se eu não apagar o fogo da Amazônia, levanta barreiras comerciais contra o Brasil. Como podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, não é Ernesto?", afirmou citando o ministro das Relações Exteriores. "Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora. Se não, não funciona", acrescentou. O discurso acabou virando alvo pela falta de condições do Exército brasileiro para enfrentar o americano.
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