A taxa de letalidade da Covid-19 no Brasil caiu de 6,9% em 3 de maio para 3,4% nesta segunda-feira, 3. Nos últimos meses, o índice já vinha sendo reduzido constantemente, com 5,5% em 3 de junho e 4,1% em 3 de julho. As razões para essa queda incluem o aumento da testagem e a melhora na capacidade de tratamento dos casos mais graves.
O índice brasileiro é melhor que o mundial, que hoje está em 3,8%, e ao de países da Europa como Alemanha (4,3%), Suécia (7,1%), Itália (14,2%), Espanha (9,9%). Por outro lado, é superior ao da Índia (2,1%) e Estados Unidos (3,3%), de acordo com informações do Our World in Data. Na Nova Zelândia, exemplo no combate à doença, a taxa de letalidade é de 1,8%.
O índice é calculado pelo número de óbitos em comparação com a quantidade de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Para a nova estimativa, a agência considera também os casos subnotificados, devido à grande quantidade de pessoas assintomáticas ou que apresentam apenas sintomas leves da doença e não chegam a ser diagnosticadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, acredita em número mundial ainda mais baixo que os 3,8% oficiais: 0.6%. Apesar do avanço significativo dos últimos meses, o dado ainda é considerada “muito alto”. A título de comparação, a taxa de letalidade da pandemia de H1N1, em 2009, foi de 0,01%. “O coronavírus é mais mortal e isso indica que é preciso evitar se contaminar. É o principal. Embora os sintomas em alguns não sejam graves, é preciso evitar transmitir a doença para outros. É muito importante ter solidariedade conjunta”, disse Mike Ryan, diretor-executivo para Emergências da OMS.
Atualmente, o Brasil tem 2.750.153 casos e 94.660 mortos registrados pela doença. Nesta segunda-feira, 3, a média móvel de novas notificações da doença foi de 43.968,3 e a de novos óbitos de 1.006. A média móvel semanal é calculada a partir da soma do número de casos e mortes nos últimos sete dias, dividida por sete, número de dias do período contabilizado – o que permite uma melhor avaliação ao anular variações diárias no registro e envio de dados pelos órgãos públicos de saúde, problema que ocorre principalmente aos finais de semana. *Veja
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