O presidente Jair Bolsonaro usou o orçamento de guerra, proposta aprovada pelo Congresso Nacional, para justificar a edição de créditos extraordinários para custear investimentos em obras. “A ideia de furar teto (de gastos) existe, o pessoal debate, qual o problema?”, disse Bolsonaro durante transmissão semanal nas redes sociais.
Como mostrou o Broadcast/Estadão, a estratégia de usar o orçamento liberado durante a pandemia do novo coronavírus no discurso do governo foi discutida no Ministério da Economia para defender a edição da Medida Provisória de R$ 5 bilhões em crédito extraordinário para obras do Ministério da Infraestrutura.
Segundo Bolsonaro, o governo já “furou” o teto de gastos em cerca de R$ 700 bilhões durante a pandemia. Ele também relatou que foi questionado internamente sobre gastar outros R$ 20 bilhões para obras e ações no Nordeste.
“Me perguntaram ‘Presidente, na pandemia, nós temos a PEC de Guerra, nós já furamos o teto em mais ou menos R$ 700 bilhões, dá para furar mais R$ 20 bilhões?’. Eu falei: ‘Qual é a justificativa? Se for pra vírus, não tem problema nenhum’. ‘Ah, mas entendemos que água, por exemplo, é para essa mesma finalidade'”, contou o presidente.
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