por Mari Leal /BN** Jade Coelho**Foto: Reprodução/Google Maps
Dos 13.135 internos do sistema prisional da Bahia, apenas 1,2% foi submetido a testes para diagnóstico da infecção pelo coronavírus. Entre os servidores do Sistema Penitenciário da Bahia, 2.131 realizaram exames. As informações constam nos relatórios de monitoramento da pandemia da Covid-19 nos presídios, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os primeiros dados de testes do coronavírus realizados em presos e servidores só aparecem a partir de 20 de julho nos relatórios do CNJ. A entidade já divulgou quatro edições de um monitoramento que concentra informações sobre comitês de acompanhamento, penas pecuniárias, testagem de internos e servidores e insumos disponíveis.
O relatório mais recente (4ª edição), divulgado nesta quarta-feira (5), mostra que até 3 de agosto a Bahia testou 165 pessoas privadas de liberdade, o número equivale a pouco mais 1,2% do total, de acordo com dados da população carcerária baiana informados no site da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Nesta edição mais recente, os dados sobre testagem de presos e servidores são iguais ao do boletim anterior, a 3ª edição, que considerou dados enviados à entidade até 20 de julho.
No sistema socioeducativo, a que são submetidas as crianças e adolescentes que cometem infrações, houve crescimento no número de testes de Covid realizados, ao comparar a 3ª e 4ª edição do relatório do CNJ.
Até 20 de julho haviam sido informados a realização de testes em 354 internos do sistema socioeducativo, e em 1.362 servidores. No novo boletim, o número de internos testados cresceu 85%, ao saltar para 656. Em relação aos servidores o número foi alterado apenas em um: 1.363.
O boletim do CNJ ainda informa que, desde o início da pandemia, o sistema carcerário baiano registra 106 casos positivos para a Covid-19 entre os encarcerados e 428 casos entre os servidores do sistema, com quatro mortes na categoria. Já no sistema socioeducativo, o número de infecções contabilizadas entre os adolescentes e jovens privados de liberdade é de 65 e entre os servidores dessas unidades, 175, com registro de duas mortes. Os números, no entanto, estão desatualizados e dão margem à realidade baiana até o dia 27 de julho (leia mais aqui).
Cabe aos órgãos estaduais notificarem o Conselho Nacional de Justiça a respeito dos dados da pandemia no sistema prisional.
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