Um terremoto de magnitude 2,5 na escala Richter foi registrado na região da Grande Fortaleza, na noite dessa terça-feira (7). O susto causado pelo tremor levou o nome da capital do Ceará aos assuntos mais comentados no Twitter.
À CNN, o geofísico Marcos Ferreira, do Serviço Geológico do Brasil, explicou que, apesar do susto, trata-se de um evento de baixa magnitude e sem grandes riscos. “Ele não causa nenhum tipo de danos a grandes estruturas, mas é mais um susto que a população vem a sentir”, classificou.
Ferreira ainda pontuou que tremores desse tipo “ocorrem frequentemente na região Nordeste do Brasil” e explicou os motivos. “É a região sismicamente mais ativa do país”, informou o especialista.
“A geologia do Nordeste é extremamente retrabalhada, então existem diversas falhas que ainda hoje estão ativas e isso causa o acúmulo de estresse e liberação na forma de eventos sísmicos”, afirmou. “Em outras regiões do país, não é encontrado esse nível de ativação de falhas”, completou.
O geofísico ainda pontou que ocorrem muitos fenômenos do tipo pelo Brasil, mas que a maioria tem baixa magnitude e na população nem sente os tremores. “Às vezes nem sabem que estão ocorrendo. Nós temos registros devido aos nossos equipamentos espalhados pelo país”, esclareceu.
Segundo ele, a maior ocorrência de tremor no país registrou magnitude de 6 graus, na escala Richter, e aconteceu em 1955, no Mato Grosso do Sul. “Naquela época, a região não era povoada, então não tem nenhum dado histórico de dano”, detalhou.
Outro caso citado por ele aconteceu em João Câmara, no Rio Grande do Norte, causando danos aos moradores locais. “Na década de 1980, ocorreram eventos na faixa de 5,2 e 5,5, em João Câmara, que causaram bastante destruição e sofrimento para a população da cidade”, encerrou.
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