Foto: Reprodução / Agência Brasil
O ministro Gilmar Mendes divulgou nota na manhã nesta terça-feira (14) reafirmando respeito às Forças Armadas e indicando que nenhum analista atento da situação atual do Brasil teria como deixar de se preocupar com o rumo das políticas públicas de saúde do país.
A manifestação do ministro do Supremo Tribunal Federal ocorreu após diversas reações à declaração que o Exército se associou a um genocídio pela falta de um titular no Ministério da Saúde (saiba mais aqui).
“Em um contexto como esse (de crise aguda no número de mortes por Covid-19), a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas”, afirmou Mendes.
Há 60 dias sem ministro da Saúde, o Brasil já registrou 1.888.889 infectados e 72.950 óbitos pela doença. O general Eduardo Pazuello assumiu interinamente a pasta após o médico oncologista Nelson Teich pedir demissão em 15 de maio. É a primeira vez desde 1953 que o ministério fica tanto tempo sem um titular.
O ministro Gilmar diz que não atingiu a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. “Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros”, destacou.
De acordo com o jornal Estado de S.Paulo, atualmente, ao menos 20 militares, sendo 14 da ativa, ocupam cargos estratégicos na pasta. Na nota, Gilmar ainda pediu’ por uma interpretação cautelosa do momento atual, destacando que o Brasil vive uma crise aguda no número de mortes pela Covid-19.
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