VIT. DA CONQUISTA-BA: Contrária à recomendação do MP, prefeitura mantém comércio aberto

por Lula Bonfim / BN

Prefeito Herzem Gusmão (Foto: Blog da Resenha Geral / Divulgação)

O prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB), declarou, em entrevista ao Jornal Band News nesta terça-feira (16), que não atenderá à recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que pedia a revogação o decreto de abertura do comércio por conta do crescimento do número de casos da Covid-19.

“Nós vamos responder. Só não vamos atender o que a Dra. Guiomar (Miranda) quer. O que ela quer, que é revogar o decreto, não. Nós revogamos uma vez sem precisar de revogação. E poderia ter mantido o comércio aberto ali. Revogamos porque nós éramos achistas. A gente não tinha o que nós temos hoje”, disse o prefeito.

Gusmão justifica que contratou infectologistas da capital e instalou um núcleo de triagem de Covid-19 para enfrentar a pandemia. “Vitória da Conquista é a única cidade da Bahia - nem Salvador - que todos os casos sintomáticos, de quem está tossindo, com febre ou coriza, que tem essas informações por bairros”, afirmou.

Em nota encaminhada ao Bahia Notícias, a prefeitura de Conquista afirmou considerar que “a recomendação do Ministério Público não encontra respaldo nos dados estatísticos e epidemiológicos de Vitória da Conquista, uma vez que traz informações equivocadas sobre a realidade do município”.

O coordenador do Comitê Gestor de Crise, Kairan Rocha, também justificou a decisão. “As decisões tomadas no contexto da pandemia são embasadas por orientações e recomendações técnicas da área da saúde. O município atende a todos os requisitos determinados pela OMS e pelo Ministério da Saúde no que tange à possibilidade de abertura do comércio. Foi decisão fundamentada cientificamente, não há motivos para voltar atrás”.

Por fim, a gestão conquistense afirmou que permanece aberta ao diálogo com o Ministério Público e todas as entidades de representação social, “para compartilhar informações pertinentes para uma tomada de decisão segura e que leve em consideração o bem-estar da população”.