Foto: Reprodução / CMB
Um professor de geografia do Colégio Militar de Brasília (CMB), identificado como major Claudio, foi afastado das atividades após criticar a atuação da Polícia Militar em uma manifestação e fazer referência ao fascismo durante uma aula para estudantes do 9º ano. As informações são do G1.
O educador disse aos alunos que a PM agiu com "dois pesos e duas medidas" na manifestação ocorrida em São Paulo, no último domingo (31), e afirmou que a situação "remete a um fascismo, que a gente não quer mais isso no mundo". Uma manifestante de direita que estava com um taco de beisebol foi citada como "patriota de araque".
De acordo com o diretor do colégio, coronel Carlos Vinícius Teixeira de Vasconcelos, foi aberto um processo disciplinar contra o educador. Questionado sobre o caso nesta quinta (4), o Colégio Militar de Brasília não se manifestou.
"Ocorreu numa live no dia de ontem e o professor já foi afastado das aulas, da sala de aula, dessas lives. Já foi, já determinei a abertura de um processo administrativo para esclarecer essa ação e apurar responsabilidades. Então, é só o que eu tenho a dizer com relação a esse caso, que é um caso episódico, pontual, que assim será tratado. O nosso foco tem que ser sempre o ensino, o processo de ensino e aprendizado", disse o diretor para pais de alunos em uma transmissão.
Após a repercussão do caso, o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) se manifestou e defendeu a autonomia dos professores em sala de aula.
"É papel do professor discutir as relações sociais entre os indivíduos e a igualdade de tratamento nas relações sociais. Não vivemos em uma ditadura. Mais respeito com o professor", disse o diretor da entidade, Samuel Fernandes.
O professor também recebeu apoio de ex-alunos, que encaminharam uma carta para o diretor mostrando insatisfação com o afastamento.
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