Foto: Reprodução / Terra
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça do Brasil, Sergio Moro atribiu o cancelamento da palestra que na Universidade de Buenos Aires à pressão política: "O que aconteceu me lembrou os tempos em que os livros estavam sendo queimados", disse em entrevista ao canal LN+.
O evento aconteceria no dia 10 de junho e seria moderada por Marcelo Gebhardt, vice-reitor de Direito. Segundo o pôster, a conferência tinha o nome "Luta contra a corrupção, a democracia e o Estado de Direito", uma vez que Moro condenou o ex-presidente brasileiro Luis Inácio "Lula" da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro. Porém, após o anúncio, militantes ligados ao Kirchnerismo - termo usado para se referir à filosofia política e aos simpatizantes do falecido Néstor Kirchner, presidente da Argentina de 2003 a 2007 - começaram a fazer críticas nas redes sociais.
"A polarização política excessiva dificulta o progresso do diálogo e da paz entre o Brasil e a Argentina e isso não é positivo para a democracia", refletiu.
Moro também apontou o encontro entre Alberto Fernández e Lula como um fator que complicou as relações bilaterais entre o Brasil e a Argentina. "Entre os dois países, há mais coisas em comum do que diferenças. Você não pode resumir tudo sobre questões político-partidárias", disse.
Por meio de nota, a Universidade de Buenos Aires enfatizou que "a Faculdade de Direito é o lugar onde a pluralidade não é declamada, é praticada como uma prática diária de administração". E acrescentaram: "O olhar não é fragmentado pelos interesses do setor, mas adquire uma perspectiva transversal e transdisciplinar. Garantir a liberdade de expressão é um requisito indispensável".
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