Médicos e pacientes ouvidos por reportagem do Estadão sinalizam que pacientes que foram entubados enfrentam um processo complicado de reabilitação.
Foto: Paula Fróes/GOVBA
Dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil registra 412.252 pessoas recuperadas. Mas apesar desse status, especialistas revelam que isso não quer dizer curado ou sem sequelas. Médicos e pacientes ouvidos por reportagem do Estadão sinalizam que pacientes que foram entubados enfrentam um processo complicado de reabilitação, mas mesmo alguns que tiveram quadros considerados menos severos, e não demandaram hospitalização, relatam que a doença pode se manifestar por um tempo mais longo, com os sintomas voltando em ondas.
“O grande problema desses números é que, como só testamos quem procurou serviço médico, quem foi para o hospital, quando falamos em recuperados, estamos falando de quem teve alta hospitalar. Não significa alta médica. Os leitos precisam girar. Então às vezes o paciente sai ainda com algum sintoma, alguma queixa. Não estão aptos a voltar para o trabalho, voltar a fazer atividade física. São recuperados só da fase aguda da doença, mas é um processo gradual”, explicou o cardiologista Marcelo Sampaio, à reportagem do Estadão.
A matéria destaca que já é de conhecimento que a Covid-19 pode ter uma manifestação sistêmica, causando não só sintomas respiratórios, como também afetar coração, cérebro, rins. Se são problemas reversíveis ou se, em algumas pessoas esses danos poderão ser duradouros ou permanentes, só daqui um tempo será possível saber.
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