Foto: Reprodução / DW
Com a deterioração do cenário econômico no último mês por causa do avanço do novo coronavírus no país, o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central (BC), decidiu cortar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, a 3% ao ano nesta quarta-feira (6).
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, sinalizou que haveria novo corte na Selic em conversas com o mercado e entrevistas nas últimas semanas.
Economistas consultados pela Bloomberg esperavam uma redução menos incisiva, de 0,5 ponto percentual.
Entretanto, no comunicado da decisão passada, em março, quando o colegiado optou por reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, o comitê afirmou que considerava adequada a manutenção da taxa em 3,75% ao ano.
Na ocasião, a autoridade monetária foi criticada por não responder com mais agressividade ao avanço da crise.
No mercado já havia analistas que esperavam um corte que o BC reduzisse a Selic em pelo menos 0,75 ponto percentual -havia até aposta de redução em 1 ponto.
Nesta semana, o mercado aumentou ainda mais as expectativas para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, que passou de queda de 3,34% para 3,76%, de acordo com o relatório Focus do BC.
A projeção para o dólar no fechamento do ano aumentou de R$ 4,80 para R$ 5. A previsão para a inflação também caiu de 2,20% para 1,97%.
A cada 45 dias, o Copom se reúne para decidir a meta da taxa Selic. Desde dezembro de 2017, os juros renovam as mínimas históricas.
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